Depois de a Cupra modernizar o seu Leon, em simultâneo com o Formentor, eis que também a Seat refresca o Leon, dotando-o com novos argumentos para cativar clientes. A marca espanhola não se distrai com retoques estéticos na carroçaria — deixa isso para a Cupra, com necessidade de se afastar da imagem da Seat—, concentrando-se antes nos pontos que verdadeiramente interessam, do sistema híbrido plug-in (PHEV) à capacidade da bateria, que assegura uma autonomia superior, incrementando igualmente a dimensão dos dois ecrãs no habitáculo.

É ao nível da mecânica que surgem as maiores novidades, com destaque para o motor PHEV que passa a ser de 2.ª geração. Como consequência, a unidade de quatro cilindros e 1,4 litros é trocada por uma mais recente e mais eficiente, com 1,5 litros, que passou a equipar todos os PHEV do Grupo Volkswagen e que no Seat Leon e-Hybrid surge apenas na versão de 204 cv, a mesma potência da geração anterior.

Já a autonomia em modo eléctrico dá um salto em frente. Ao trocar a anterior bateria com 10,8 kWh de capacidade útil (12,8 kWh brutos) por outra mais generosa, com 19,7 kWh, o Leon e-Hybrid de cinco portas e a carrinha Sportstourer vêem a sua autonomia em modo puramente eléctrico aumentar dos actuais 62 km para um valor (ainda não especificado) que será superior a 100 km.

Além da maior autonomia alimentada exclusivamente por bateria, o que lhe permite satisfazer mais condutores que desejem percorrer maiores distâncias em modo eléctrico — poupando a carteira e não poluindo —, o Leon e-Hybrid passa igualmente a recarregar a bateria mais rapidamente. Em vez de aceitar apenas energia em corrente alternada (AC) até 3,7 kW de potência, passa a poder recarregar em AC até 11 kW e em corrente contínua (DC) até 50 kW, diminuindo o tempo necessário ligado ao ponto de carga.

Ainda no capítulo dos motores, o 1.0 TSI com três cilindros e 110 cv desaparece, surgindo no seu lugar o novo 1.5 TSI com 115 cv, unidade que também motoriza as versões mild hybrid com 115 cv e 150 cv. Estes motores com electrificação ligeira passam a estar associados exclusivamente à caixa automática DSG de dupla embraiagem e sete velocidades, continuando a existir a possibilidade de optar pelo turbodiesel 2.0 TDI, para um total de sete opções possíveis.

No interior, o destaque vai para o Digital Cockpit com 10,25” como painel de instrumentos, com o ecrã central a evoluir de 8,25” para 10,4” nas versões mais acessíveis, para as restantes exibirem o display maior, com 12,9”. Mais interessante do que o incremento das dimensões dos ecrãs será a incorporação do novo interface HMI, que deverá finalmente resolver as limitações de software, uma vez que altera o potencial do painel de instrumentos, bem como do sistema de infoentretenimento. O renovado Seat Leon entra em produção ainda durante o mês de Maio.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR