O Presidente da Câmara de Lisboa esteve reunido com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para discutir o aumento do número de pessoas em situação de sem-abrigo em Lisboa, muitos dos quais são imigrantes sem documentos. Carlos Moedas pediu uma maior articulação da Câmara que lidera com os restantes 17 municípios da região de Lisboa, assim como com a Segurança Social, a Santa Casa e a AIMA (Agência para a Integração Migrações e Asilo).
Ao Governo, também pede mais centros de acolhimento que recebam os migrantes que estão a viver em tendas, muitos dos quais estão sem documentação.
“Lisboa não pode estar sozinha na resolução deste grande problema“, apela Moedas, que na sexta-feira vai reunir-se com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e a ministra da Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, para “coordenar” a articulação das várias entidades.
Moedas diz que em Lisboa há 3.000 pessoas em situação de sem-abrigo, mas muitas têm soluções de acolhimento. Mais de 390 não têm tecto na capital, das quais mais de metade são estrangeiras e a “grande maioria” não está documentada.
“Vamos ter de ter mais centros de acolhimento em Lisboa — na região, não pode ser só na cidade”. Moedas garante “maior rapidez” e “o funcionamento da AIMA aqui é essencial”. “Houve um não funcionamento da AIMA durante muito tempo. Não funcionou, tem de começar a funcionar.”
Na reunião de sexta-feira, quer que sejam encontradas soluções para o acolhimento destas pessoas, que “não podem estar em tendas no meio da cidade“.
Atualmente, a Câmara tem 1.050 vagas para acolher sem-abrigo e espera aumentar a capacidade para chegar às 2 mil. Mas “temos de ter pessoas todos os dias a trabalhar para conseguir acolher essas pessoas”, pede.