A polícia da Guiné-Bissau dispersou esta sexta-feira um grupo de pessoas à porta do tribunal que aguardavam pela audiência de julgamento de oito ativistas que se posicionaram contra o regime.
O tribunal regional de Bissau deveria analisar, na quinta feira, um pedido de ‘habeas corpus’ interposto pelos advogados de oito cidadãos detidos há cerca de uma semana.
Os detidos são membros da Frente Popular, plataforma que junta associações juvenis, grupo de mulheres e sindicatos.
A audiência de quinta-feira foi protelada para as 12h00 desta (13h00 em Lisboa) e o grupo de ativistas juntou-se à porta do tribunal, em solidariedade.
Por volta das 13h00 um contingente da Polícia de Ordem Pública chegou ao local, dando ordens de dispersão aos ativistas e jornalistas.
O grupo ainda esboçou protestos, mas rapidamente acabou por abandonar a porta do tribunal, retirando os dísticos que aí tinham colocado em sinal de solidariedade aos detidos.
Os ativistas foram para a Casa dos Direitos e neste momento o contingente da polícia encontra-se nas imediações do edifício.
Um membro da equipa de advogados que vai defender os detidos da Frente Popular disse à Lusa que vão continuar no tribunal à espera “para ver se os trazem ou não”.
A zona da baixa de Bissau, onde se encontra o tribunal regional de Bissau, regista a presença de muitos agentes e viaturas da polícia.