Não era a final esperada. Mas era uma final igualmente imprevisível. Este sábado, no Pavilhão João Rocha, Sporting e Sp. Braga davam o pontapé de saída no playoff de apuramento do campeão nacional de futsal: de um lado, os leões procuravam o inédito tetracampeonato; do outro, os minhotos procuravam o histórico primeiro título de sempre.

Ainda assim, mais do que um confronto entre Sporting e Sp. Braga, a final era uma confronto entre Nuno Dias e Joel Rocha, dois treinadores que têm sido a cara da modalidade nas últimas duas décadas. “Queremos perseguir algo que nunca ninguém fez e ficar na história do futsal. Temos todas as condições para o conseguir e, para isso, temos de fazer um bom jogo no sábado. O Sp. Braga atingiu a final com todo o mérito. Juntamente com o Barcelona, é a única equipa que o Sporting não venceu esta época. Isso demonstra bem a qualidade do adversário”, explicou o técnico leonino na antevisão, recordando que o Sporting não conseguiu ganhar nenhum dos três jogos disputados contra o Sp. Braga na atual temporada.

“Estamos na final por direito próprio, com qualidade, com uma proposta de jogo extremamente ousada, alegre, objetiva, que acabou por ser muito eficaz defensivamente ao longo de toda a época e que nos permitiu ganhar muitos jogos. Preparámo-nos muito bem para estarmos prontos para vencer. É assim que estamos a fazer a preparação para este jogo, olhando primeiro para nós, para as nossas características e qualidades”, acrescentou o treinador minhoto, que eliminou o Benfica na meia-final, enquanto que o Sporting afastou os Leões de Porto Salvo.

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Os primeiros segundos do jogo demonstraram desde logo o que iria acontecer ao longo de quase duas horas: Allan Guilherme abriu o marcador nos segundos iniciais e Tomás Paçó reagiu logo de seguida, com as duas equipas a marcarem dois golos no espaço de 40 segundos. O encontro acalmou e estabilizou a partir daí, muito graças à enorme exibição de Dudu na baliza do Sp. Braga, mas voltou a acelerar já perto do intervalo.

Os minhotos recuperaram a vantagem com dois golos em poucos instantes, através de um autogolo de Tomás Paçó e um grande remate de Fábio Cecílio, e os leões conseguiram empatar novamente por intermédio de Sokolov e Zicky. As duas equipas voltaram a marcar já nos últimos segundos da primeira parte, com Tiago Sousa a colocar o Sp. Braga na frente do marcador e Pauleta a reconquistar a igualdade, e o jogo seguiu totalmente empatado para o intervalo.

Nos primeiros instantes da segunda parte, com um remate muito violento que não deu qualquer hipótese a Dudu, Merlim colocou o Sporting a vencer pela primeira vez no jogo. Os leões capitalizaram o bom momento e aumentaram a vantagem, através do bis de Tomás Paçó, com o Sp. Braga a demonstrar menos capacidade para ir atrás do resultado. Até ao fim, Paçó ainda assinou o hat-trick com um pontapé extraordinário de muito longe e acabou com o jogo, com Pany Varela a ter ainda tempo para fechar as contas quando os minhotos já estavam em cinco para quatro.

Naquele que foi o Jogo 1 da final do Campeonato de futsal com mais golos de sempre, o Sporting venceu o Sp. Braga com direito a reviravolta e colocou-se em vantagem na corrida pelo inédito tetra. Leões e minhotos voltam a cruzar-se na terça-feira, agora no Minho, a partir das 21h30.