Na China, tem sido notícia o facto de 10 concessionários da BYD terem ardido por completo, sem uma explicação cabal. As instalações de venda e de assistência daquele que é o maior construtor de automóveis chinês e até mundial — que comercializa modelos eléctricos, mas também a combustão — têm sido vítimas de incêndios, num ciclo que começou em 2021 e não dá mostras de abrandar.

O mais recente incidente envolvendo um concessionário da marca — que também tem representação em Portugal — teve lugar a 16 de Maio, tendo na ocasião consumido por completo sete veículos, danificando muitos mais. Mas este foi apenas o 10.º caso conhecido, desde 2021, que felizmente deixou para trás instalações destruídas e apenas esqueletos de veículos, não tendo causado ferimentos ou mortos.

A cadeia de TV HK01 reportou o caso, com testemunhas a confirmar a presença de chamas muito intensas, de que “os bombeiros não se conseguiam aproximar ou debelar”. O fogo deflagrou durante a noite, com a BYD a assumir o conhecimento do incidente e a declarar que “o incêndio terá sido originado por um curto-circuito ou por uma má instalação instalação eléctrica”.

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Os incêndios, que até aqui aconteceram apenas na China, têm sido motivo de preocupação até em países europeus, naqueles em que a marca está representada. A BYD assegura que está a colaborar com as autoridades para apurar as causas, uma vez que não falta quem suspeite que os incêndios podem ter origem nos próprios veículos. Isto apesar de a BYD recorrer a baterias com a química LFP, substancialmente menos propensas a arder por defeito de construção ou má utilização do que as NMC, embora estas sejam mais eficientes e capazes de fornecer maior densidade energética.

A NTDTV também dedicou atenção aos incêndios nos concessionários, referindo ainda que existiram fogos deflagrados a bordo dos camiões que transportavam modelos da BYD, que o construtor denomina New Energy Vehicles, ou seja, eléctricos e híbridos plug-in. De acordo com os relatórios das autoridades, só o incêndio mais recente num stand da marca provocou prejuízos de 5 milhões de yuans, aproximadamente 638 mil euros.