Mais um jogo, mais notícias sobre a situação física de Luka Doncic. O astro esloveno que tem levado os Dallas Mavericks às costas neste playoff da NBA, superando três equipas que terminaram em posições acima na Conferência Oeste (Los Angeles Clippers, Oklahoma City Thunder e Minnesota Timberwolves), já não tem sacos de gelo por tudo o que é sítio quando vai para o banco mas, na sequência do jogo 1 da final diante dos Boston Celtics, foi novamente colocado em dúvida, desta vez por problemas nas costas. Mais uma vez, jogou. E jogou mesmo muito, agarrando na equipa sozinho para tentar fazer o impossível. Não conseguiu.

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O primeiro período mostrou de novo como os Dallas Mavericks funcionam na base do esloveno e “o resto”. Só nas posses de bola iniciais, os Boston Celtics experimentaram três jogadores na defesa ao base, sem que nenhum conseguisse travar mais um daqueles jogos que ficam para a história. Os adeptos das estatísticas recordavam algo que coloca Doncic ao nível dos melhores – era o jogador com melhor média de pontos nos encontros que se seguiam a derrotas no playoff. Abriu o livro, de tal forma que a equipa chegou ao final do primeiro período na frente (28-25) e ao intervalo com três pontos de diferença (51-54) mas não chegou.

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Os Boston Celtics não fizeram um jogo incrível. Longe disso. No entanto, são de longe a equipa com maior profundidade de opções na NBA. Foi isso que voltou de novo a acontecer. Jayson Tatum teve mais uma noite em que os lançamentos não saíam mas foi começando a atrair adversários para fechar com 12 assistências e nove ressaltos além de 18 pontos. Jaylen Brown não esteve também brilhante mas fez 21 pontos. Porzingis não marcou nenhum triplo mas acrescentou 12 pontos vindo do banco. Derrick White não foi além dos 40% de lançamento mas deixou 18 pontos. Quem brilhou? Desta vez, o base Jrue Holiday, o maior erro de mercado dos Milwaukee Bucks que vestiu a capa de herói do jogo 2 com 26 pontos e 11 ressaltos.

Doncic terminou com um “triplo duplo” ao longo de pouco mais de 42 minutos de jogo, com 32 pontos, 11 ressaltos e 11 assistências. Por ele, a regra dos Dallas Mavericks de nunca perderem duas partidas seguidas no playoff tinha-se cumprido. No entanto, o resto ficou curto. Ficou curto nos pontos (17 de P.J. Washington, 16 de um Kyrie Irving que tentou andar a jogar com as provocações às bancadas mas perdeu esse duelo), ficou curto nos lançamentos – só 26 dos 59 lançamentos dos companheiros foram eficazes.

“Todos os encontros que cedemos são uma oportunidade perdida para nós. No final do dia, sinto que nós tivemos os lançamentos para ganhar o jogo e não conseguimos”, comentou o esloveno no final do encontro que terminou com o triunfo caseiro dos Boston Celtics por 105-98, aumentando para 2-0 a final da NBA antes da passagem da eliminatória para o Texas na próxima quarta-feira. Já Neemias Queta, poste português da formação de Este, voltou a ficar no banco num jogo em que Joe Mazzulla utilizou apenas oito jogadores dos Celtics: Tatum, Brown, Holiday, White, Al Horford, Porzingis, Sam Hauser e Payton Pritchard.