Depois de apresentar o protótipo do Smart #5 na edição deste ano do Salão Automóvel de Pequim, em Abril, as primeiras fotos do maior dos modelos da marca — que agora é controlada pelos chineses da Geely e os alemães da Mercedes, em partes iguais — caíram na Internet e pode vê-las aqui. O #5 será o primeiro modelo da Smart com mais de 4 metros, oferecendo uma bitola de 4,7 m que lhe permite bater-se com modelos como o Audi Q5, BMW X3 e o “irmão” Mercedes GLC.

Em apenas cerca de dois anos, a Smart evoluiu de um construtor de carros muito pequenos e pouco potentes, todos eles do segmento A, para uma marca com representação nos segmentos B, C e D, cujos comprimentos oscilam entre 4,2 m e 4,7 m, após a revelação do novo Smart #5, que chegará à Europa antes do final do ano. Com um óbvio ar de SUV, alto e volumoso, o mais recente modelo da marca anuncia 4,705 m de comprimento, 1,920 m de largura e 1,705 m de altura (o GLC tem apenas 1,640 m), a que é necessário adicionar uma distância entre eixos de 2,900 m (GLC anuncia 2,888 m).

Na gama da Smart, o #5 passa a ser obviamente o topo de gama, com o seu comprimento a ultrapassar confortavelmente os 4,40 m do #3 e ainda mais em relação aos 4,27 m do #1. E se o #1 se assume como um SUV e o #3 uma berlina capaz de piscar o olho aos condutores que procuram a versatilidade das carrinhas, o #5 é decididamente um SUV.

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Além das diferenças constatadas de fita métrica em punho, o #5 diferencia-se dos seus “companheiros” da Smart (os #1 e #3) por oferecer mais potência, tanto mais que o facto de ser maior implica ter mais peso para compensar. Assim, se os #1 e #3 partilham as mecânicas, oferecendo versões com duas ou quatro rodas motrizes e potências entre 272 cv e 428 cv, o novo #5 eleva consideravelmente a fasquia. Assim, a potência das versões RWD arrancam nos 340 cv, para os #5 AWD chegarem aos 646 cv, presumivelmente na versão Brabus, a mais desportiva da Smart.

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Smart #5 é o SUV que, simultaneamente, será o maior modelo da gama

Além das vantagens na dimensão e potência, o #5 impõe-se ainda no capítulo da bateria, uma vez que o acumulador ao serviço do novo SUV disponibiliza uma capacidade de 100 kWh, contra os 66 kWh dos #1 e #3. Para conter o preço das versões RWD, a Smart recorre à química LFP (fosfato de ferro-lítio), com menos densidade energética, mas mais baratas e com menos propensão para arder. Já as versões AWD montam baterias com células NMC (níquel, manganês e cobalto), que oferecem maior densidade energética, mas que são mais caras e mais fáceis de se incendiarem por thermal runaway.

Os 100 kWh de capacidade permitem ao #5 uma autonomia de 549 km, o que representa uma vantagem de quase 100 km face ao anunciado pelos #1 (440 km) e #3 (455 km), com este acumulador a assumir-se como um dos maiores do segmento C. Mas há uma segunda vantagem associada à bateria, que se prende com o sistema eléctrico instalado no #5. Para este modelo, a Smart trocou o anterior esquema de alta tensão de 400V por outro a 800V, o que permite diminuir a intensidade da corrente (amperagem) e, com isso, potencialmente aumentar a potência de carregamento, com a operação de recarregar a bateria a ser possível num intervalo de tempo inferior. A chegada à Europa do Smart #5, Portugal incluído, está prevista para o 2.º semestre de 2024.