O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse esta quinta-feira que o Governo tomará “medidas pontuais” para integrar imigrantes trabalhadores da construção civil, cuja falta considerou ser a maior ameaça à execução do PRR.

“O Governo vai ainda tomar medidas muito pontuais para permitir acelerar a entrada em Portugal de pessoas que tenham condições de trabalhar imediatamente, designadamente na construção civil. Vão ter facilidade especial de entrada“, disse esta quinta-feira aos jornalistas no Porto.

Castro Almeida falava à margem do Encontro das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, sobre as Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que decorreu esta quinta-feira no Pavilhão Rosa Mota.

Questionado sobre quais essas medidas, o ministro não detalhou, dizendo apenas que “está a ser construída a medida” pelo executivo.

Anteriormente, o governante tinha referido que “o principal” risco para a execução do PRR “pode ser a falta de mão-de-obra para fazer tantas obras ao mesmo tempo”, que poderão levar à ausência de propostas para os concursos públicos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Falta de mão de obra qualificada atinge situação limite na construção

Questionado sobre como convive esse risco com as medidas mais restritivas da imigração já tomadas pelo Governo, Castro Almeida respondeu que “a política é mesmo a gestão e a compatibilização de interesses conflituantes”.

“Nós precisamos de mão-de-obra, muita da mão-de-obra é produto da imigração, mas também não podemos ter imigração descontrolada. Quem vier para trabalhar não terá dificuldades“, assegurou.

No discurso que fez durante o encontro das áreas metropolitanas, Castro Almeida disse ainda que os prazos de candidaturas e pagamentos do PRR serão “ainda mais exigentes” do que os para os restantes fundos europeus, que já tinha anunciado que terão um máximo de 60 dias para serem analisados e 30 dias para o processamento dos pedidos de pagamento.