A União de Freguesias do Barreiro de Besteiros e Tourigo, no concelho de Tondela, espera ter pronto, até ao final de 2025, um lar com capacidade para 50 idosos, que custará mais de três milhões de euros.

“O lar deverá estar concluído no final do próximo ano, mas sem equipamento. O PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) não abrange equipamento”, explicou esta quinta-feira à agência Lusa o presidente da União de Freguesias, José Hélder, na véspera do lançamento da primeira pedra da obra.

Esta nova estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) resulta de uma candidatura da União de Freguesias do Barreiro de Besteiros e Tourigo ao PRR, no valor de 1.721.597 euros, e inicialmente tinha como prazo de conclusão maio deste ano.

“O processo foi moroso, devido ao Tribunal de Contas e a uma série de questões que tiveram de ser resolvidas. Pedimos à Estrutura do PRR uma prorrogação do prazo até 31 de dezembro de 2025, que foi aceite e já está contratualizada”, contou.

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A construção da ERPI custará 3.034.862 euros e, além dos 1.721.597 euros do PRR, contará com uma comparticipação de 753.604 euros da Câmara Municipal de Tondela (distrito de Viseu). Os restantes 559.660 euros ficarão a cargo da União de Freguesias.

Segundo José Hélder, o auto de consignação foi assinado no passado dia 5 e a obra tem um prazo de execução de 608 dias.

Com uma área de construção total de 1.888 metros quadrados, a ERPI terá capacidade para 50 utentes, distribuídos por 26 quartos (seis individuais, 16 duplos e quatro triplos).

José Hélder referiu que esta obra é “muito precisa no concelho” de Tondela atendendo à falta de estruturas residenciais para idosos.

Entre técnicos, administrativos, auxiliares e outros profissionais, serão criados de 20 a 25 postos de trabalho, acrescentou.

A Câmara de Tondela considera que este é “um projeto da maior importância para a freguesia, visando criar um serviço que irá promover o bem-estar e a qualidade de vida dos utentes da comunidade, contribuindo, também, para a coesão social, para o equilíbrio da comunidade e para a resolução de problemas sociais”.

Segundo José Hélder, o apoio da Câmara foi decisivo para que o processo avançasse, uma vez que a união de freguesias não tem condições legais para se endividar.

A primeira pedra da ERPI, a lançar ao final da tarde de sexta-feira, contará com a presença da secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes.