As autoridades de Taiwan elevaram esta quinta-feira o nível de alerta de viagem para a China, aconselhando a população a evitar o país-vizinho, após ameaças de Pequim sobre a possibilidade de “executar” pessoas consideradas “acérrimas defensoras” da independência taiwanesa.
O porta-voz do Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan, Liang Wen Chieh, declarou numa conferência de imprensa que este aviso se aplica também a cidades como Hong Kong e Macau e sublinhou a importância de as pessoas não se deslocarem ao continente “a menos que seja estritamente necessário”, noticiou o canal de notícias multinacional de Singapura CNA.
A China, que considera Taiwan apenas mais uma província sob a sua soberania, criticou duramente o novo Presidente da ilha, Lai Ching Te, que considera um forte partidário do separatismo taiwanês.
China diz que cercou Taiwan para testar tomada de poder da ilha
O governo chinês efetuou manobras militares de grande envergadura imediatamente após a tomada de posse de Lai Ching Te, o que fez soar os alarmes em Taiwan e nos Estados Unidos, o principal aliado de Taipé.
Na semana passada, ao anunciar um agravamento das penas previstas no seu Código Penal, a China ameaçou executar os separatistas independentistas de Taiwan em “casos extremos”, o que desencadeou um aumento da tensão entre as partes.
“Se não for necessário irem, então não o façam“, aconselhou Liang, acrescentando que tal não constitui uma proibição de deslocação à China, mas apenas uma “medida de proteção” para os cidadãos de Taiwan.