O PSD realiza segunda e terça-feira, em Sintra, jornadas parlamentares dedicadas ao estado da nação, com o lema “Portugal no bom caminho”, que serão encerradas pelo presidente do partido, Luís Montenegro.

O debate do estado da nação, que fecha o ano parlamentar do ponto de vista político, está marcado para 17 de julho.

Nas primeiras jornadas parlamentares dos sociais-democratas desde que o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, em 02 de abril, não há nenhum membro do executivo entre os oradores, à exceção do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Antes da abertura formal das jornadas, marcada para as 15:00, pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, os deputados vão dividir-se na segunda-feira de manhã em cinco grupos que visitarão o Centro de Bem-Estar Social de Queluz, a Associação Empresarial de Sintra, uma empresa exploradora de pedra mármore, o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente e a Escola da Guarda, o estabelecimento de ensino da GNR, em Queluz.

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Depois da abertura, o primeiro painel das jornadas será dedicado ao tema “Cuidar e Respeitar” e terá como oradores Eurico Castro Alves, médico e coordenador do Plano de Emergência da Saúde que o Governo aprovou no final de maio, e Isabel Jonet, presidente e fundadora do Banco Alimentar.

O professor universitário e comentador televisivo Nuno Rogeiro será o orador do segundo painel, sob o tema “Portugal na Europa e no Mundo”.

O jantar do primeiro dia, que coincide com a hora do jogo dos oitavos de final do campeonato europeu de futebol de Portugal contra a Eslovénia, não terá orador convidado, ao contrário do que tem sido habitual.

Na terça-feira, a discussão será sobre “Desafios e Oportunidades da Política à Economia”, com a jornalista Mafalda Anjos e o antigo secretário de Estado do Empreendedorismo Carlos Oliveira como oradores.

A sessão de encerramento está marcada para as 12:00, com nova intervenção de Hugo Soares e o discurso de Luís Montenegro.

As últimas jornadas parlamentares do PSD realizaram-se em 16 e 17 de outubro do ano passado, centradas no Orçamento do Estado, e tiveram entre os oradores o anterior presidente do Conselho Económico e Social, o socialista Francisco Assis, e o antigo ministro Mira Amaral.

Nessa ocasião, era António Costa primeiro-ministro, cargo do qual se viria a demitir menos de um mês depois, em 7 de novembro, após a Procuradoria-Geral da República ter emitido um comunicado em que o referia como estando a ser alvo de investigações no âmbito da denominada Operação Influencer — um processo judicial que investiga o processo de instalação de um ‘Data Center’ em Sines, bem como negócios com o lítio e hidrogénio.

Nessas jornadas parlamentares, o PSD anunciou o voto contra o Orçamento do Estado para 2024 — documento que ainda está a executar, uma vez que não houve qualquer Retificativo — e Luís Montenegro, então líder da oposição, acusou o Governo de maioria absoluta do PS de alcançar contas certas “à custa do sofrimento das famílias e empresas” e do crescimento da economia.

“Creio que Portugal precisa de alguém, e neste caso do principal partido da oposição que diga que, se o rei não vai nu, vai pelo menos seminu, afirmou Luís Montenegro, no encerramento dessas jornadas.

O líder do PSD admitiu então que é melhor ter estas contas certas “do que uma situação de desequilíbrio ou pré-falência” que considerou ser habitual nos executivos socialistas.

“Mas ter contas certas à custa do sofrimento das famílias, das empresas e à custa do crescimento da economia… Ter contas certas com esta estratégia não é futuro para Portugal, isto não se aguenta para sempre”, alertou.