Siga neste liveblog a audição de Pedro Reis no Parlamento
O atual Governo não tem prevista a realização de qualquer auditoria ao processo de nacionalização e privatização da Efacec, garantiu o ministro da Economia, Pedro Reis, que está a ser ouvido no Parlamento.
Carlos Guimarães Pinto, deputado da IL, questionou o titular da pasta sobre a possibilidade de fazer uma auditoria, o que foi descartado, não obstante Pedro Reis tenha admitido que “é daqueles casos que não sei se teria feito a intervenção” na Efacec. Mas “não tenho no meu horizonte fazer auditoria ao que aconteceu na Efacec, mas tenho presente o que se passou”. O anterior Parlamento chegou a admitir avançar com uma comissão de inquérito sobre a Efacec, o que na altura legislatura deixou de ser falado.
Para Pedro Reis, o anterior governo “exerceu a suas competências”, mas o atual Executivo está “agora focado no acompanhamento do desenvolvimento da empresa” e na “monitorização do processo e assegurar da melhor maneira a recuperação do capital investido”.
Estado sai da Efacec, Mutares entra numa empresa “sem espinhas”. A que preço?
No acordo de venda, a alemã Mutares, que recebeu a Efacec “limpa” de dívida e de prejuízos (foram feitas um conjunto de operações para limpar os prejuízos históricos), fica na empresa pelo menos durante três anos, sendo a expectativa de que só venda ao fim de cinco anos. O Estado ficou com direito a dinheiro na venda da empresa ou em eventuais distribuições de dividendos. Mas a Efacec custou perto de 400 milhões de euros ao Estado, admitindo Pedro Reis também que “algum dinheiro não será, porventura, recuperável”.
“Temos bem presentes os termos da operação”, uma solução que “está no terreno de recuperação da empresa, mercados e carteira de encomendas e de investigação” que Pedro Reis espera que “corra bem”. Prometeu que “estaremos atentos” para recuperar o que for possível. “Vamos acompanhando uma operação que está feita”.