O maratonista queniano Lawrence Cherono, vencedor em 2019 em Boston e Chicago, foi suspenso por sete anos por dopagem, anunciou esta quarta-feira a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
O fundista de 35 anos, 12.º maratonista mais rápido da história, com um recorde pessoal de 2h03.04 segundos em 2022, teve um controlo positivo a trimetazidina, um medicamento utilizado para a prevenção de anginas de peito. A sua deteção ocorreu em 23 de maio de 2022, em teste fora de competição.
“A AIU suspende Lawrence Cherono por sete anos a partir de 16 de julho de 2022 (início da suspensão provisória) pela presença/utilização de substância proibida e manipulação ou tentativa de manipulação em controlo antidoping”, refere o comunicado da organização, esta quarta-feira divulgado.
Por essa situação, é castigado em quatro anos, mas acrescem outros quatro por ter prestado falsas declarações e ter apresentado documentos fraudulentos para justificar o resultado positivo, explica a AIU. A esse total de oito é subtraído um ano, por admissão e aceitação da sanção.
Cherono, quarto nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, em 2021, não pode competir até julho de 2029.
A AIU, responsável pelos testes e inquéritos antidoping no atletismo desde 2017, denunciou em abril de 2023 um sistema de dopagem de larga escala no país africano, “cada vez mais bem organizado”, com o “envolvimento de pessoas detentoras de experiência médica”.