A mulher que recebeu um transplante de rim de porco em abril, num hospital de Nova Iorque, nos EUA, e 47 dias depois teve de retirar o órgão, morreu, informou terça-feira o cirurgião.

Lisa Pisano, de 54 anos, tornou-se a segunda pessoa a receber um transplante de um rim de porco geneticamente modificado, para aumentar a compatibilidade entre o enxerto do animal e o recetor humano.

Em maio deste ano, Richard Slayman, que tinha 62 anos, morreu menos de dois meses depois de ser submetido a um transplante similar, mas os médicos reconheceram que a morte pode não ter estado relacionada com essa intervenção.

Morreu o primeiro homem a receber um transplante de rim de porco, menos de dois meses depois da operação

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A mulher, de Nova Jérsia, foi também a primeira a receber um transplante de coração e uma bomba cardíaca, porque sofria de insuficiência renal e cardíaca, mas menos de dois meses após a cirurgia o novo rim teve de ser removido por ter sido afetado por um fluxo sanguíneo irregular relacionado com o pacemaker, obrigando-a a regressar à diálise.

As contribuições de Lisa para a medicina, a cirurgia e os xenotransplantes (utilização de órgãos de outras espécies) não podem ser subestimadas. A sua coragem deu esperança a milhares de pessoas que vivem com insuficiência renal ou cardíaca em fase terminal e que poderão em breve beneficiar de um fornecimento alternativo de órgãos”, sublinhou o médico que a operou, Robert Montgomery.

A primeira pessoa a receber um rim de um porco geneticamente modificado foi Richard Slayman, de 62 anos, em março, no Massachusetts, mas morreu dois meses depois.

Primeiro transplante de um rim de porco para um paciente vivo nos Estados Unidos

Os rins são um dos órgãos mais procurados nas unidades de transplante dos Estados Unidos, onde cerca de 800 mil pessoas precisam de um órgão.