A visita oficial da Princesa Leonor a Portugal teve início esta sexta-feira de manhã no Mosteiro dos Jerónimos, seguindo depois para o Palácio de Belém, onde foi recebida por Marcelo Rebelo de Sousa, com honras militares e ao som dos hinos espanhol e português.
Dentro do Palácio, o Presidente da República condecorou a herdeira da coroa espanhola com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. “É uma homenagem a vossa alteza, ao reino de Espanha, à nossa amizade, para sempre”, disse Marcelo ao entregar as insígnias.
Esta é a primeira visita oficial da futura rainha de Espanha ao estrangeiro. Com duração de apenas um dia, o programa terá como foco temas prioritários tanto para Portugal como Espanha, entre eles a proteção do ambiente e a conservação dos oceanos. Depois de um almoço no Palácio de Belém, a princesa segue para a Fundação Oceano Azul, no Oceanário de Lisboa, e para a Embaixada de Espanha, onde se irá encontrar com um grupo de jovens espanhóis residentes em Portugal.
No passado dia 31 de outubro, a filha mais velha dos reis, Leonor de Borbón, completou 18 anos e fez o juramento da Constituição no Congresso dos Deputados, pedindo à nação espanhola que confiasse nela. Depois de jurar perante os deputados, os senadores e outros titulares das instituições de Espanha que respeitará os direitos dos cidadãos e das regiões autónomas do país reconhecidos na Constituição de 1978, a princesa das Astúrias passou a reunir as condições constitucionais necessárias para aceder ao trono de Espanha, ser Rainha e chefe de Estado. Além do momento solene, o dia contou ainda com a atribuição da colar de Carlos III, a mais alta distinção de Espanha.
É a segunda vez na democracia espanhola que se realiza este juramento, depois de o pai de Leonor, Felipe de Borbón, ter feito o mesmo em 1986. Nesse ano, o então príncipe das Astúrias jurou respeitar uma Constituição aprovada num referendo popular que tinha menos de dez anos, que estabeleceu a monarquia parlamentar em Espanha e que tinha saído da designada “transição espanhola” da ditadura para a democracia, após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.