A entrada para a terceira semana do Tour também significava a entrada para a semana das decisões do Tour. Na 14.ª etapa, depois da vitória de Jasper Philipsen ao sprint esta sexta-feira, Tadej Pogačar sabia que não perder a camisola amarela este sábado também significava entrar nos derradeiros dias da Volta a França com a liderança segura e assegurada — ainda que já não contasse com um dos principais ajudantes.

Roglic e Ayuso out, Jasper Philipsen in: belga vence ao sprint numa 13.ª etapa do Tour que assistiu a duas desistências

Para além do abandono de Primoz Roglic, que deixou a competição depois de uma queda aparatosa na quinta-feira, a 13.ª etapa assistiu à desistência de Juan Ayuso, que ainda arrancou apesar de ter testado positivo à Covid-19, mas acabou por optar por deixar de correr. “É uma pena que o Ayuso tenha desistido. Ele era um dos homens que, no papel, ia ser muito importante nas montanhas. Felizmente, o João [Almeida] e o Adam [Yates] estão a sair-se muito bem nas subidas. Estamos a crescer como grupo. Mesmo com menos um elemento, somos fortes”, começou por dizer o esloveno, que se mostrou “ansioso” pelas subidas.

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“Estou ansioso. Antes do Tour, não sabia quais as subidas que teríamos de fazer. Mas agora que sei, estou contente. São subidas que me assentam bem”, explicou Tadej Pogačar, que arrancava com mais de um minuto de vantagem em relação a Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard. A etapa deste sábado ligava Pau a Saint-Lary-Soulan Pla d’Adet, num percurso de 151,9 quilómetros com 3.900 metros de nível acumulado, incluindo duas subidas de categoria especial, com a meta a ficar a 1.669 metros de altitude.

A etapa começou com uma fuga de cerca de 19 ciclistas, onde se incluía o português Rui Costa, e o pelotão totalmente controlado pela Emirates seguia tranquilamente a cerca de quatro minutos de distância. Oier Lazkano foi o primeiro a passar no mítico Tourmalet, seguido de David Gaudu, e João Almeida continuava a controlar o pelotão para permitir uma saída limpa de Tadej Pogačar já perto da meta.

A estratégia da Emirates ditou que Adam Yates fosse o primeiro a atacar, com Pogačar a seguir o exemplo a pouco mais de quatro quilómetros da meta e a chegar depressa ao colega de equipa, que tinha a tarefa de o embalar até ao fim. Tadej Pogačar acabou mesmo por vencer a 14.ª etapa, seguido de Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel, com o dinamarquês a ultrapassar o belga para subir ao segundo lugar da classificação geral e o esloveno a manter a camisola amarela. Mais atrás, João Almeida cruzou a meta em 12.º e manteve a quarta posição, tendo agora oito segundos de vantagem para o espanhol Carlos Rodríguez.