O 13.º Grande Prémio da temporada trouxe novo ponto de interrogação sob o domínio de Max Verstappen e da Red Bull. Ainda que não fosse preocupante para as contas do campeonato, o neerlandês voltou a ficar fora da primeira linha da grelha de partida, que foi dominada pela McLaren. A equipa de Lando Norris e Oscar Piastri foi a mais forte ao longo dos dois primeiros dias do fim de semana, falhando o primeiro lugar apenas na primeira sessão de treinos livres.

Pela primeira vez desde o Grande Prémio do Brasil de 2012, a McLaren começou com os dois carros na primeira linha, com Norris a assumir que a equipa tinha a receita para “controlar a corrida”. Antes da corrida, Piastri admitiu querer “chegar ao primeiro lugar”, mas assegurou que ia competir para salvaguardar os objetivos da equipa no mundial de construtores.

“Adoro competição. Gosto de estar no topo da competição. Neste momento, sinto que estamos a perseguir e a ter alguns fins-de semana mais difíceis. Não desisto de uma luta, mas acho que é uma situação complicada. Os McLaren têm estado muito bem nas últimas corridas, mesmo em comparação com a qualificação”, alertou, por sua vez, o campeão Verstappen.

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As condições estavam todas reunidas para mais uma grande corrida, que contou com uma temperatura alta, na ordem dos 50ºC no asfalto, e Pierre Gasly (Alpine) a partir das boxes após substituir a bateria do seu monolugar. O arranque da corrida trouxe uma abordagem agressiva de Verstappen que, após sair de pista na primeira curva, ascendeu ao segundo lugar. Em sentido inverso, Norris não começou bem e viu Piastri subir à liderança. Contudo, na quarta volta, o inglês levou a melhor perante o neerlandês e subiu ao segundo posto.

Com os pilotos da frente separados por mais de três segundos, a corrida entrou numa fase de contenção, até Verstappen começar a queixar-se da prestação do Red Bull e cair para o quarto posto, atrás de Lewis Hamilton (Mercedes) após o jogo das boxes. A batalha entre os dois rivais começou a ganhar forma e, na volta 35, o neerlandês aproveitou um bloqueio das rodas do Mercedes para recuperar o pódio, mas fez a curva seguinte demasiado longa e perdeu a posição. Quem aproveitou o impasse foi Charles Leclerc (Ferrari), que se intrometeu na luta pelo terceiro lugar.

“É muito impressionante como é que nos deixamos ultrapassar e acabam por me complicar a corrida toda”, continuava a expressar Verstappen nas comunicações com a equipa. O campeão do mundo acabou por cair para a quinta posição, com Hamilton a assumir o terceiro posto. Na frente, a paragem de Piastri para colocar pneus médios acabou por não ser bem sucedida e o companheiro Norris subiu à liderança.

À volta 57, o piloto da Red Bull aproveitou a janela de DRS para ultrapassar Leclerc na reta da meta. Seguiu-se nova luta com Hamilton e, a oito voltas do fim, Verstappen falhou a travagem na primeira curva, embateu no inglês e “voou” para fora da pista. Apesar do aparato, o neerlandês continuou em prova, de novo no quinto lugar.Na frente, Norris, Piastri e a McLaren protagonizaram uma longa batalha de comunicações, com efeitos práticos na decisão da corrida: o inglês foi forçado a ceder a posição ao australiano.

Desta forma, Oscar Piastri conquistou o Grande Prémio da Hungria e somou a sua primeira vitória na Fórmula 1. Lando Norris terminou na segunda posição e, pela primeira vez desde Monza em 2021, a McLaren conseguiu a tão desejada dobradinha. Lewis Hamilton completou o pódio. Max Verstappen terminou atrás de Charles Leclerc, seguindo-se Carlos Sainz (Ferrari), Checo Pérez (Red Bull), George Russell (Mercedes), Yuki Tsunoda (RB) e Lance Stroll (Aston-Martin).

Nas contas do campeonato, o grande vencedor do dia foi Hamilton, que subiu dois lugares, ultrapassando Pérez e Russell, e ocupa agora a sexta posição. No topo, Verstappen tem agora 76 pontos de vantagem para Norris (265 contra 189).