O Governo dos Açores reconheceu essa terça-feira como de “relevante interesse público” a construção do cabo submarino de fibra ótica que a Google pretende amarrar no arquipélago, considerando que o projeto “reforça a centralidade” da região no atlântico.
“É um projeto muito importante para a região autónoma e estamos muito satisfeitos com esse investimento que vem reforçar a nossa centralidade no atlântico”, afirmou o vice-presidente do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) aos jornalistas.
Google pede licença para construir cabo submarino que vai amarrar nos Açores e em Sines
Artur Lima falava em Santa Cruz da Graciosa na apresentação das conclusões do Conselho do Governo Regional, que decidiu reconhecer como de “relevante interesse público” a construção do sistema de cabos submarinos da Google. Aquele projeto, designado “Nuvem”, vai ligar os Estados Unidos da América à Europa.
“As melhorias na conectividade digital podem impulsionar o desenvolvimento económico regional, permitindo que empresas açorianas participem mais ativamente no mercado global, promovendo o acesso a uma infraestrutura de internet de alta qualidade”, afirmou Artur Lima, salientando tratar-se de um “investimento privado”.
Já em 4 de julho, a Google pediu ao regulador norte-americano uma licença para construir um cabo submarino de fibra ótica de 6.900 quilómetros, que vai amarrar nos Açores e Sines, naquela que vai ser a primeira ligação direta entre Estados Unidos e Portugal.
O Conselho do Governo dos Açores também decidiu alocar 1,19 milhões de euros (mais IVA) para o “fornecimento, instalação e suporte” da plataforma E-Hub, que pretende dotar a administração pública regional de “ferramentas modernas”.
Aquela plataforma, prevista no Plano de Recuperação e Resiliência, vai “potenciar a interoperabilidade entre as aplicações já existentes do Governo dos Açores e as que venham a ser implementadas, incluindo o novo portal de serviços da Administração Pública Regional”.
O Conselho do Governo Regional autorizou ainda a “contratação de serviços de segurança aeroportuária, pelo período de 36 meses, pelo montante máximo de 3,1 milhões de euros” (sem IVA) para a Aerogare das Lajes, na ilha Terceira.
“De modo a cumprir rigorosamente as normas e regulamentos nacionais e internacionais que regem o setor aeroportuário, a Aerogare Civil das Lajes pretende iniciar a contratação de serviços especializados de segurança”, justificou Artur Lima.