O Presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu quinta-feira ao Brasil por assumir a embaixada argentina em Caracas e a segurança de seis opositores ao regime venezuelano que ali se encontram asilados desde março.
Na rede social X, Javier Milei expressou a sua gratidão às autoridades brasileiras por “assumirem as funções” da sua embaixada na Venezuela.
AGRADECIMIENTO A BRASIL
Agradezco enormemente la disposición de Brasil a hacerse cargo de la custodia de la Embajada argentina en Venezuela. También agradecemos la representación momentánea de los intereses de la República Argentina y sus ciudadanos allí.Hoy el personal…
— Javier Milei (@JMilei) August 1, 2024
“Agradecemos também [ao Brasil] a representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos” na Venezuela, declarou.
“Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos a nossa embaixada numa Venezuela livre e democrática”, disse o Presidente argentino, que aproveitou a oportunidade para dizer que “os laços de amizade” que unem Buenos Aires e Brasília são “muito fortes e históricos”.
Desde que assumiu a Presidência da Argentina, Milei tem vivido alguns conflitos com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
O chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou a expulsão do pessoal diplomático argentino em retaliação pelas dúvidas manifestadas por Buenos Aires em relação às eleições presidenciais de domingo passado.
O governo da Venezuela anunciou na segunda-feira a expulsão das representações diplomáticas de sete países da América Latina, que acusa de não reconhecerem a vitória de Maduro nas eleições presidenciais de domingo, que não foi reconhecida pela oposição e questionada pela comunidade internacional.
Além da Argentina, os restantes países afetados são o Chile, a Costa Rica, o Peru, o Panamá, a República Dominicana e o Uruguai, aos quais a Venezuela exigiu a retirada imediata dos seus representantes.
Caracas reservou-se ainda o direito de tomar “todas as ações legais e políticas para respeitar, preservar e defender” o seu “direito inalienável à autodeterminação”.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições, Maduro obteve a reeleição com pouco mais de 51 por cento dos votos. A oposição, porém, reivindica a vitória do seu candidato, Edmundo González, e a comunidade internacional pede esclarecimentos através da revisão das atas de votação.