A inflação homóloga no Brasil acelerou em julho para os 4,5% devido ao aumento dos preços dos combustíveis, ficando no topo da meta do Banco Central para este ano, informou esta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No último mês, a inflação no país sul-americano foi de 0,38%, ficando 0,17 pontos percentuais acima do valor de junho (0,21%). No ano, a inflação no Brasil acumula uma subida de 2,87%.
“Essa elevação do índice foi puxada pelos preços da gasolina, que subiu 3,15%, e também pelas passagens aéreas, que subiram 19,39%. Outra contribuição para a alta da inflação veio das tarifas de energia elétrica residencial (1,93%)”, explicou o IBGE.
Por outro lado, os preços do grupo Alimentação e Bebidas recuaram 1% e foram responsáveis pelo impacto negativo mais intenso sobre o indicador de julho (-0,22 p.p.).
André Almeida, gerente da sondagem do IBGE, lembrou, num comunicado, que o recuo de preços da alimentação no domicílio ocorreu “após nove meses consecutivos de alta”. “O aumento da oferta de diversos produtos agrícolas contribuiu para a redução dos preços”, disse.
O Banco Central brasileiro decidiu na semana passada e pela segunda vez consecutiva manter a taxa de juro de referência em 10,5% ao ano face a um cenário nacional e internacional que qualificou de “adverso”.
Ao mesmo tempo, a liderança da instituição monetária alertou que não hesitaria em aumentar a taxa se necessário, apesar da forte pressão do Governo para a reduzir.
A meta do Governo e do Banco Central para 2024 é de uma inflação de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.