O treinador do Arouca, Gonzalo García, assumiu este sábado que a sua equipa precisa de maior assertividade frente à baliza adversária, se quiser vencer o “difícil” Moreirense, em partida da segunda jornada da I Liga de futebol.
Após uma estreia ‘amarga’ no comando do conjunto da Serra da Freita, com derrota caseira diante do Vitória de Guimarães (1-0), o técnico uruguaio não acredita que haja sinal para alarmismos prematuros, realçando alguns aspetos positivos da exibição.
“Acho que tivemos muitas situações em que chegámos ao último terço com muita superioridade, mas a verdade é que o nosso centro não foi bom, a nossa última decisão não foi boa. Então, trabalhámos isso. […] Para mim, o importante é que façamos o trabalho bem até lá e estou certo que depois os golos vão começar a entrar”, destacou, em conferência de antevisão à partida de domingo, em Moreira de Cónegos.
O momento da definição dos ataques é, para o treinador, um problema que já se tem vindo a desenvolver desde os resultados negativos da pré-temporada e espera que esteja definitivamente resolvido.
“Nas partidas de pré-época foi diferente, porque o contexto não tinha nada a ver. Não vou dizer que foram maus jogos, mas nada estava bem, nem o campo, nem o tempo, muitas coisas. Foram jogos de muita luta e ainda assim falhámos muitos golos”, insistiu.
A capacidade mental dos jogadores poderá ser decisiva para a equipa poder resolver o problema e replicar a boa temporada conseguida em 2023/24, em que atingiu o sétimo posto, começando já por pontuar na segunda ronda.
“Como sempre, vamos ter a mentalidade para procurar a vitória, independentemente do que se passou no último jogo, a ideia é essa”, garantiu.
Quanto ao adversário, Gonzalo García destacou a vitória que este conseguiu no reduto do Farense, por 2-1, em contexto de inferioridade numérica desde os 65 minutos, e diz ter estrutura semelhante à da temporada passada, apesar da mudança técnica, com a chegada de César Peixoto para o lugar de Rui Borges.
“Espero um jogo difícil, com uma equipa que manteve a estrutura, tem estabilidade, é organizada e sabe o que joga. Na semana passada, fizeram um bom jogo. Com 10, conseguiram levar a vitória”, constatou.
Sem desvendar por completo a convocatória, o treinador arouquense referiu-se às lesões que têm deixado de fora alguns jogadores, nomeadamente Cristo González, arredado de poder assumir o eixo do ataque, entregue a Alfonso Trezza, que é um extremo de origem, na jornada inaugural.
“Teremos de ver como corre hoje o treino. Ainda não sei como irá ser a convocatória, inclusive o ‘onze’ inicial. Depende da saúde de alguns. Ao ter o Trezza na frente, estamos a perder algumas coisas, também a possibilidade de o ter na ala, com a sua velocidade. Mas temos de decidir com os jogadores que agora temos o que é melhor para termos uma equipa competitiva”, explicou.
O Arouca, 15.º classificado, ainda sem pontos, desloca-se ao Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas para defrontar o Moreirense, quinto, com três, em partida da segunda jornada da I Liga portuguesa, agendada para domingo, às 15:30, com arbitragem a cargo de Anzhony Rodrigues, da associação da Madeira.