O PAN vai pedir a audição parlamentar da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para debater o caso da criança de dez anos e da jovem de 20 que ficaram feridas numa largada de touros em Coruche.

Em comunicado, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, lamenta que tenha sido “colocada em causa a vida de uma criança e de uma jovem” e sublinha a importância de ouvir no parlamento Maria do Rosário Palma Ramalho após um acidente no concelho de Coruche que considera ter sido “gravíssimo”.

“O PAN quer ouvir a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e questionou o Governo para saber se irá apurar responsabilidades do incidente e se vai estabelecer limites de idade para assistir e participar nas largadas de touros”, refere a porta-voz do PAN.

De acordo com o jornal regional ‘Notícias do Sorraia”, este incidente aconteceu no passado dia 16 de agosto, na última edição das Festas em Honra da Nossa Senhora do Castelo, que se realizaram no concelho de Coruche, distrito de Santarém.

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As duas jovens atingidas sofreram hematomas e fraturas e, de acordo com o Comandante dos Bombeiros Municipais de Coruche, citado pelo mesmo jornal, registaram-se ainda mais seis feridos leves e foram assistidas pelos bombeiros mais 27 pessoas.

O Pessoas-Animais-Natureza critica o facto de, na sua página na internet, a autarquia de Coruche não fazer “qualquer tipo de advertência para os riscos destas atividades nem estabelece nenhum limite de idade para participar neste eventos, que todos os anos provoca vítimas mortais.”

Para o PAN, esta “situação constitui uma clara violação da Convenção dos Direitos da Criança e desde 2014 que o Estado português tem vindo a ser alertado pelo Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas para este grave problema”.

“Apesar destes alertas, o Estado ignorou completamente o problema, situação que teve como consequência a morte de um adolescente de 15 anos em 2022, numa largada de touros na Moita, e a colhida violenta desta criança de 10 anos”, lamenta Inês de Sousa Real em comunicado.

O PAN recordou ainda o incidente numa largada de touros na Moita, em 2022, que vitimou um jovem, mas que não levou a autarquia moitense a assumir “qualquer responsabilidade, nem interromper as largadas de touros”.