O Operafest arranca esta quinta-feira nos Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras, com as óperas “Cavalleria rusticana”, de Mascagni, e “Pagliacci”, de Leoncavallo, numa edição que se estenderá depois a Lisboa.

A abertura do Operafest fica marcado pela apresentação de dois clássicos italianos, “Cavalleria rusticana” e “Pagliacci”, com um elenco liderado pelo tenor basco Andeka Gorrotxategi, direção musical do maestro Osvaldo Ferreira e encenação de Mónica Garnel, que estarão em cena esta quinta-feira e nos dias 24 e 26 de agosto, de acordo com a programação.

É ainda nos jardins, que serão pela primeira vez palco de ópera em Oeiras, que se apresentará, em estreia nacional e até ao final do mês, o conto-ópera “O Polegarzinho“, da compositora francesa Isabelle Aboulker, com encenação de Sandra Faleiro.

O festival de ópera independente, liderado pela soprano Catarina Molder, desloca-se depois para Lisboa, onde decorrerão os restantes espetáculos até ao seu encerramento, no dia 11 de setembro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Um dos grandes destaques da programação deste ano é a celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, que contará com a estreia absoluta da cantata/performance “Tormento”, para ensemble vocal feminino e eletrónica.

Este espetáculo musical construído pelo intérprete Gustavo Sumpta, com música de Nuno da Rocha, pode ser visto na Trienal de Arquitetura de Lisboa, no Palácio Sinel de Cordes, em Santa Clara, nas noites de 5 e 6 de setembro.

O principal palco lisboeta será o anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian, onde terá lugar a apresentação de “Don Giovanni”, de Mozart (entre 30 de agosto e 4 de setembro), com encenação de João Pedro Mamede, que assim se estreia em ópera, sob a direção musical do maestro Pedro Carneiro e com um elenco nacional liderado por Christian Lújan, acompanhado pela Orquestra de Câmara Portuguesa.

A já emblemática rave operática marca presença no Titanic sur mer, no dia 7 de setembro, este ano sob o mote “Atração fatal”, com uma festa de fusão de ópera, com eletrónica, pop, afrobeat e dance music, e com atuações dos Ena Pá 2000, a deusa urbana e DJ Nídia.

O ciclo cine-ópera, que decorre em parceria com a Cinemateca Portuguesa, apresentará “Non”, ou vã glória de mandar” (1990) e “O Velho do Restelo” (2014), de Manoel de Oliveira, e “O rapaz do cabelo verde”, de Joseph Losey, para os mais novos, todos no dia 7 de setembro.

Serão ainda apresentadas as versões cinematográficas dos grandes clássicos desta edição: a nova leitura de “Don Giovanni” de Mozart, com “Juan” (2010), de Kasper Holten, e os filmes “Pagliacci” (1982) e “Cavalleria rusticana” (1982), de Franco Zefirelli, nos dias 9, 10 e 11 de setembro, respetivamente.