Alguns jogos particulares, o Torneio Internacional de Viseu, o início das competições oficiais. Ao contrário do que acontece com as restantes modalidades de pavilhão, o andebol dava o tiro de partida na temporada de 2024/25 tendo em conta também a paragem que será feita nas semanas iniciais do próximo ano por causa do Campeonato do Mundo na Croácia, na Dinamarca e na Noruega. Não era um tiro de partida qualquer: em três jogos durante o fim de semana na Póvoa de Varzim, as quatro melhores equipas da última época iam discutir a Supertaça, o primeiro troféu oficial, com um clássico certo e outro ou um dérbi como prováveis, tendo em conta a partida do Sporting com o ABC que antecedia o duelo entre o FC Porto e o Benfica.
“Foi uma pré-temporada muito boa, conseguimos consolidar o que queríamos. O ambiente está muito bom, respira-se um ar saudável e isso também é importante. Encaramos este troféu como temos de encarar todos os troféus neste clube: com muita vontade de ganhar, de mostrar a nossa qualidade, o que podemos fazer. Esperamos um Benfica muito parecido com o da época passada. O treinador manteve-se, a forma de jogar é a mesma, sabemos que é uma equipa forte e agressiva na defesa, que joga muito no pormenor, mas se nos focarmos no que os treinadores nos têm dito e estivermos a 100% temos muito boas hipóteses de passar à final”, tinha referido Rui Silva, capitão dos dragões, na antevisão do encontro da tarde deste sábado.
“Temos registado muito menos problemas do que na pré-época anterior e sinto que a equipa está preparada. Talvez a principal questão seja o novo central [Egon Hanuzs], que esteve nos Jogos a representar a Hungria e terá de adaptar-se à nossa forma de jogar. As pré-temporadas nem sempre transmitem a realidade porque as equipas não demonstram toda a sua forma de jogar. Conhecemos bastante bem este adversário da temporada passada e nesta primeira partida haverá surpresas por parte do FC Porto no seu jogo. Vamos tentar melhorar o nosso ataque e é fundamental que o central compreenda bem a nossa forma de atacar. Necessitamos ainda de distintas formas de defender”, salientara Jota González, treinador dos encarnados.
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O histórico não era provavelmente favorável para o Benfica, que nas últimas temporadas não tem fugido ao papel de terceira equipa nacional no panorama do andebol e que desde 2022 ganhara apenas dois dos oito encontros realizados frente ao FC Porto. No entanto, ano novo trouxe mesmo vida nova à equipa da Luz, que conseguiu sair para o intervalo a vencer por cinco golos e segurou com muito mérito a vantagem sobretudo nos dez minutos finais por intervenção de Jota González, ganhando por 34-31 e carimbando a presença na final deste domingo diante do Sporting, que ganhara antes de forma fácil ao ABC por claros 37-26.
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Os encarnados tiveram uma entrada melhor em campo, conseguindo de forma rápida uma diferença de dois a três golos de avanço que nem mesmo em situações com menos duas unidades por exclusão foi diluída. Essa acabou por ser a grande “novidade” em relação aos últimos duelos entre os dois conjuntos: o Benfica esteve sempre melhor em termos defensivos, controlando o ataque organizado dos azuis e brancos, e não passou muito tempo em branco no ataque, o que permitiu chegar aos quatro golos de vantagem aos 18′ (12-8) e aos cinco perto do intervalo, que chegou com 20-15. Ponto curioso que explicava na perfeição o que se tinha passado? Não havendo grandes diferenças na eficácia de remate aos seis e nove metros, os encarnados iam com 100% nos cinco contra-ataques lançados enquanto os dragões não saíram uma única vez para remate.
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Tudo entroncava na capacidade de defesa para atacar melhor e foi nisso que Magnus Andersson, técnico que está de volta ao Dragão após uma época no estrangeiro, colocou as fichas com resultados quase imediatos, com um golo de Leonel Fernandes aos 37′ a deixar novamente o clássico pela margem mínima (21-20). Seria um encontro de nervos, decidido nos pormenores e que entrou nos dez minutos finais com a formação da Luz na frente por 26-25 a falhar um ataque em superioridade numérica. Foi aqui que os dois treinadores foram para sistemas de 7×6 em ataque, o que permitiu ir conservando a vantagem mínima com Ander Izquierdo, espanhol que esteve lesionado algumas semanas na última época, a ter um papel importante para o triunfo final por 34-31 que recolocou as águias de regresso às decisões de competições nacionais.
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????Ole Rahmel (6), Ander Izquierdo (5), Demis Grigoras (4), Gabriel Cavalcanti (4), Rui Baptista (3), Christopher Hedberg (3), Fábio Silva (2), Miguel Sánchez (2), Alexis Borges (2), Bélone… pic.twitter.com/NNnk2rctnB
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