O Governo alemão vai doar 100 mil doses da vacina contra o mpox para os países africanos onde está a circular fortemente, na sequência de um compromisso semelhante da França, anunciou esta segunda-feira fonte oficial.

As doses de vacina deverão estar disponíveis “a curto prazo” a partir das reservas do exército alemão, anunciou em Berlim Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler Olaf Scholz.

O objetivo é “apoiar os esforços internacionais para conter o mpox no continente africano”, acrescentou.

A Alemanha vai, por conseguinte, distribuir a quase totalidade das suas reservas de vacinas contra o mpox, que totalizam 118 mil doses, segundo um porta-voz do Ministério da Defesa.

Além disso, será instalado um laboratório móvel na República Democrática do Congo (RDCongo), país mais atingido pelo surto, o mais rapidamente possível, acrescentou.

A médio prazo, o objetivo é apoiar a União Africana (UA) na criação de uma produção local de vacinas.

A mpox é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas que também pode ser transmitida entre seres humanos através do contacto físico, provocando febre, dores musculares e lesões cutâneas.

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O ressurgimento em África está a ter um grande impacto na República do Congo, RDCongo, Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda.

Esta situação levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar uma “emergência de saúde pública” de âmbito internacional devido a nova variante do vírus, atualmente mais disseminada e mais perigosa.

Em França, 232 locais de vacinação “já foram abertos” para fazer face a uma eventual epidemia de varíola, declarou na terça-feira o primeiro-ministro demissionário Gabriel Attal, prometendo também enviar 100 mil doses de vacinas para os países mais afetados.

O envio das vacinas corresponde a um pedido nesse sentido feito na passada sexta-feira pela Comissão Europeia.

“Escrevi aos ministros da Saúde da UE sobre os planos de doação de vacinas e terapêuticas contra o vírus mpox. A solidariedade mundial é fundamental para enfrentar as ameaças globais à saúde”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

“Contamos com os Estados-membros para apoiarem os nossos parceiros africanos na gestão do surto”, sendo que “a Comissão está pronta a coordenar” a mobilização, acrescentou a responsável.