Centenas de pessoas juntaram-se em Vila da Rua, Moimenta da Beira, para a despedida de um dos militares mortos em serviço na queda do helicóptero no rio Douro, num cortejo que contou com o Presidente da República.
A população de Vila da Rua juntou-se na igreja Matriz para se despedir do militar que ali nasceu e que morreu no rio Douro, na sequência da queda do helicóptero que pertencia ao dispositivo de combate aos incêndios.
A cerimónia começou com 15 minutos de atraso, para contar com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que tinha estado cerca de 10 minutos em Sande, Lamego, a falar com a família de outro militar que fez o funeral à mesma hora, 18:00.
O Presidente da República, que assistiu a uma parte da missa e ainda dirigiu umas palavras aos militares da GNR e à família do militar de Sande, chegou a Vila da Rua, cerca de 50 quilómetros de distância, pelas 19:15 e participou do cortejo fúnebre e ficou no final, junto da família.
O primeiro-ministro abandonou o local após a missa de corpo presente que foi presidida por o bispo de Lamego, António Couto, coadjuvado pelo cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal.
Marcelo Rebelo de Sousa fez-se acompanhar por deputados e membros do Governo, como os secretários de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro e o das Florestas, Rui Ladeira.
A cerimónia contou, igualmente, com as mais altas patentes civis e militares como o Comandante-geral da GNR, e presidente e comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil, assim como comandantes de corporações de bombeiros e autarcas da região de Viseu.
O militar de Vila da Rua, Moimenta da Beira, era um dos cinco que ocupava o helicóptero ao serviço dos incêndios que esta sexta-feira caiu ao rio Douro, no regresso de Baião para Armamar, onde estava sediado, no Centro de Meios Aéreos.
Tal como em Lamego e Sande, também em Vila da Rua as palmas foram a forma de os presentes homenagearem e agradecerem aos militares que morreram em serviço, assim como, à porta do cemitério, a salva de tiros.
O quinto militar, cujo corpo foi encontrado na tarde de sábado terá as cerimónias fúnebres esta segunda-feira em Castro Daire, pelas 16:00 e o Primeiro-ministro já confirmou a sua presença.
O helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro na sexta-feira, próximo da localidade de Samodães, Lamego, transportando um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.
O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.
Ainda na sexta-feira foram localizados os corpos de quatro militares da GNR. O quinto foi localizado no sábado à tarde, depois de intensas buscas no local.
As causas do acidente ainda não são conhecidas.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente.