Os céus voltaram a ser iluminados pela passagem de um meteoro em Portugal, desta vez na zona da Beira Baixa. Quem estava acordado pelas 2h38 de terça-feira poderá ter visto o rasto de luz verde que se gerou à sua passagem e que trouxe à memória o episódio de maio, quando um enorme clarão iluminou várias zonas do país e da vizinha Espanha.

O fenómeno, que foi visível junto da fronteira entre Portugal e Espanha, foi registado pelos observatórios de Braga e Tomar, que, juntamente com Lisboa e São Brás de Alportel, fazem parte da rede europeia de deteção de meteoros. A notícia foi partilhada pelo Planetário – Casa da Ciência de Braga através da sua página de Facebook, acompanhado do vídeo da passagem do meteoro, que deixou um rasto verde nos céus.

Os meteoros são fenómenos que ocorrem na nossa atmosfera, “normalmente identificados como um traço luminoso de duração breve”, lembra a Casa da Ciência de Braga. Vulgarmente conhecidos como estrelas cadentes, resultam da entrada na atmosfera da Terra de partículas que se libertam de corpos de maiores dimensões — os chamados meteoroides. Quando os meteoros são visíveis durante vários segundos, como aconteceu na terça-feira, são apelidados de bólides.

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O rasto de luz que é visível nos céus resulta da combustão provocada pelo atrito com o ar. Já a cor depende da composição química da rocha em questão, como chegou a explicar ao Observador o investigador Nuno Peixinho, em maio, a propósito da “bola de fogo” que foi visível um pouco por todo o país. Neste caso foi verde devido à presença de níquel.

Nuno Peixinho explicou também na altura que este tipo de fenómenos é frequente. “Todos os anos há sempre vários destes meteoros grandes pelo mundo”. Mas, uma vez que Portugal é “um país mais pequeno”, “vemos menos” vezes este fenómeno, apontou. Também há vários episódios de meteoros de menores dimensões, como foi o caso desta terça-feira.