Três jogos. Três vitórias. Liderança isolada. Foi este o registo do PSG em agosto na Ligue 1. É este o registo que aproxima o clube parisiense de mais uma conquista interna. Num Campeonato tão monótono como o francês — o emblema da capital venceu 10 das últimas 12 edições —, três jornadas bastaram para deixar o campeão sozinho na liderança. Só com vitórias, com 13 golos marcados e apenas dois sofridos. Era difícil de antever melhor depois da saída de Mbappé para o Real Madrid.

90 minutos de classe espelhados na forma de marcar um penálti: PSG vence em Lille com golo de Vitinha e isola-se na liderança da Ligue 1

E foi precisamente por aí que ficou marcada a semana do PSG. Apesar de ter sido anunciado nos merengues no final de maio, o internacional francês encontra-se em litígio com o ex-clube e, num dos capítulos mais recentes de uma história que promete não ficar por aqui, a Liga Profissional de Futebol de França (LPF) condenou os rouge et bleu a pagarem 55 milhões de euros a Mbappé, correspondentes a salários e prémios em atraso. O clube não gostou da decisão, recusou-se a pagar e assumiu que vai recorrer.

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PSG foi condenado a pagar 55 milhões a Mbappé, mas recusa-se a fazê-lo

“É verdade que o calendário é um pouco diferente [com o novo formato da Liga dos Campeões], mas não creio que vá mudar a minha forma de trabalhar como treinador. Tenho princípios que considero serem os melhores para a equipa. É sempre bom ter cerca de 20 jogadores que pensam que podem jogar, em vez de 12 ou 13. É algo que sempre produziu os melhores resultados para mim. Agora estamos a jogar de três em três dias, com um calendário intenso. Ainda estou calmo. Claro que os jogadores podem sofrer lesões ou suspensões, mas estou confiante de que podemos gerir tudo isso esta época”, assumiu Luis Enrique na antevisão da partida, garantindo ainda que Vitinha e Zaïre-Emery iriam falhar o jogo com o Brest por problemas físicos, e Donnarumma por ter sido pai.

Assim, frente a uma equipa que venceu apenas um dos três jogos realizados — em Saint-Étienne (1-5) —, Nuno Mendes e João Neves, que apontou quatro assistências nos três jogos realizados, foram os únicos portugueses a marcar presença no onze inicial. E foi precisamente dos pés dos internacionais lusitanos que surgiram as primeiras ocasiões do encontro, com Bizot a impedir o golo do lateral (7′) e a parar o remate cruzado do médio (13′). A fechar o primeiro quarto de hora, Nuno Mendes isolou Asensio, mas o espanhol falhou o alvo (15′). Apesar de apresentar uma postura muito defensiva, o Brest inaugurou o marcador, através de um penálti cometido por Nuno Mendes e que foi convertido por Del Castillo (30′). Contudo, a fechar a primeira parte, Dembélé empatou o jogo de cabeça (42′).

Na segunda metade, os parisienses continuaram a carregar e, na primeira tentativa, Dembélé rematou cruzado para defesa de Bizot (62′). Já sem Nuno Mendes em campo, que saiu por conta do amarelo visto no lance do penálti, João Neves assistiu Asensio para o golo da reviravolta, mas o lance acabou anulado por fora de jogo (64′). O PSG cresceu com o passar dos minutos e precisou de apenas um para faturar duas vezes e sentenciar a partida. Primeiro, Fabián Ruiz fez um golaço à entrada da área, ao colocar a bola no ângulo superior direito (73′) e, no reatar, Neves recuperou a bola e permitiu o bis a Dembélé (74′). O médio acabou por sair a dez minutos do fim, mas o resultado estava feito e o PSG prolongou a senda vitoriosa na Ligue 1.