Era para ser um dos temas marcantes da semana da mobilidade. O Governo tinha reservado para estes dias a apresentação de um novo plano de mobilidade no qual está inserido o passe ferroviário, a medida anunciada por Luís Montenegro no discurso do Pontal, em agosto. Mas a situação de calamidade provocada pelos incêndios levou os membros do Executivo a cancelarem vários eventos.
Entre os pontos de agenda que caíram está a revelação dos detalhes sobre o novo passe ferroviário nacional de 20 euros. Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas assegurou ao Observador que se mantém a intenção de que esta iniciativa seja lançada ainda este ano, sem avançar mais detalhes sobre a mesma.
O ministro das Infraestruturas é um dos governantes na linha da frente da equipa governamental criada para lidar com a crise dos fogos, sobretudo por ter a pasta da Habitação. Miguel Pinto Luz tinha esta semana uma agenda recheada de eventos que começava na segunda-feira com uma visita às oficinas do Metro de Lisboa em Carnide, um evento no qual foram apresentadas as novas carruagens, seguido de uma visita às obras da futura estação da Estrela. Pinto Luz, acompanhado da secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, ainda cumpriu este primeiro dia.
Terça-feira estava prevista a sua presença no início da operação de navios elétricos da Transtejo entre Lisboa e Seixal. Este evento, que contaria também com a presença da ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, foi cancelado, não tendo neste momento data alternativa. Fonte oficial da Transtejo indicou ao Observador que o “início oficial da operação elétrica nesta ligação fluvial será oportunamente reagendado”, acrescentando que nesta fase de transição, os navios a diesel da atual frota serão utilizados, como alternativa e em caso de absoluta necessidade.
A Transtejo diz que os navios elétricos “já estão a navegar na ligação fluvial Seixal – Cais do Sodré com regularidade, transportando passageiros – embora ainda num contexto de viagens experimentais – desde meados do mês de julho, de acordo com os horários comerciais em vigor, registando-se uma boa recetividade por parte dos passageiros”.
Negociações do Orçamento em stand by por causa da vaga de incêndios