O banco de investimentos norte-americano Citibank deverá ser escolhido pela Parpública para fazer a assessoria financeira da privatização da TAP, avança o Diário de Notícias. A operação só deverá arrancar depois da aprovação do Orçamento de Estado para 2025, o que significa que tal não deverá acontecer antes de janeiro do próximo ano, e vai incidir sobre uma participação inferior a 50% do capital.

A privatização vai avançar apenas se o Partido Socialista estiver de acordo com a venda de uma participação minoritária na TAP. O líder do partido, Pedro Nuno Santos, já reforçou que o PS não aceita vender uma fatia superior a metade do capital. “Mantemos a mesma posição desde que fui eleito. Somos contra a venda da maioria do capital, não somos contra a entrada de privados no capital”, disse o líder socialista na quinta-feira ao DN.

A escolha para a assessoria financeira, diz o mesmo jornal, está relacionada com a necessidade de ter o apoio de uma entidade internacional para este negócio. Para a escolha também terá tido relevância o facto de se tratar de uma empresa norte-americana, uma vez que nenhum dos principais interessados na TAP é oriundo desse país, pelo que se evitam potenciais conflitos de interesse.

Os assessores jurídicos ainda não foram escolhidos, mas será certo que alguns dos principais escritórios de advogados do país não poderão participar no negócio do lado do Estado, uma vez que têm estado a trabalhar com os consórcios que querem investir na TAP. Os três potenciais interessados na companhia aérea são a alemã Lufthansa, que tem como assessor jurídico a sociedade de advogados PLMJ, a IAG, que conta com o apoio da Vieira de Almeida, e a Air France, cuja assessoria jurídica não é ainda conhecida.

Neste momento não está ainda definida a percentagem de capital que será vendida nem o modelo de privatização, sendo as opções possíveis a venda direta ou um concurso público internacional.

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