A semana de Miguel Oliveira trouxe a confirmação de que Jack Miller será o companheiro do piloto português na Pramac Yamaha na próxima temporada. Já o fim de semana de Miguel Oliveira trazia o Grande Prémio da Emilia-Romagna e a necessidade de continuar a conquistar pontos a cada corrida. 

Duas semanas depois do 11.º lugar em San Marino, o piloto natural de Almada não conseguiu o apuramento direto para a Q2, mas acabou por fazer o segundo melhor tempo da Q1 e entrou mesmo na disputa pelos melhores lugares da grelha de partida. Não foi além da 12.ª posição e acabou por confirmar na corrida sprint que a ideia de que as sensações não eram assim tão boas estava certa, já que só conquistou um lugar e terminou em 11.º e fora dos pontos.

O falcão ainda abriu as asas, mas ficou fora dos pontos: Miguel Oliveira 11.º na Sprint de Emília-Romanha, Bastianini voltou a vencer

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Ainda assim, Miguel Oliveira não perdia o otimismo. “Foi bom. Senti-me melhor com a mota hoje. Só não consegui a melhor volta na Q2, mas tinha ainda três décimos ali e poderia ter estado no final da segunda fila ou no início da terceira. A corrida sprint foi ok. Quando começamos no meio do pelotão, qualquer coisa pode acontecer. Fiquei preso nas primeiras voltas, perdi o grupo que terminou a corrida três segundos à minha frente, mas fiz o melhor que consegui. Terminei sem pontos, mas vamos ver amanhã”, disse o piloto da Trackhouse Racing sobre a corrida sprint que Pecco Bagnaia acabou por ganhar no circuito de Misano.

Este domingo, o italiano da Ducati voltava a arrancar da pole-position e ainda conseguiu segurar a liderança, mas Jorge Martín agarrou o primeiro lugar na volta 4. Brad Binder caiu quando rodava no quarto lugar, permitindo que Pedro Acosta se aproximasse de Enea Bastianini e do pódio — ainda assim, tal como tinha acontecido há duas semanas, o jovem espanhol caiu numa fase ainda muito inicial da corrida. Bastianini aproveitou, estabeleceu-se no terceiro lugar e conseguiu mesmo ultrapassar Pecco Bagnaia, que foi perdendo tempo para os dois da frente.

Mais atrás, Miguel Oliveira ainda caiu para 14.º, mas depressa recuperou os dois lugares e voltou a ser 12.º. O piloto português colou-se a Jack Miller, futuro colega de equipa, mas não conseguia aproximar-se o suficiente do australiano e ia oscilando entre vários lugares naquela zona do pelotão, caindo para 13.º tão rápido como subia a 11.º. 

Pecco Bagnaia acordou a cerca de 12 voltas do fim, encetando uma série de voltas mais rápidas para se aproximar de Bastianini e Martín e da ideia de ainda lutar pela vitória, mas perdeu a frente da mota à entrada de uma curva e caiu — num momento que pode ser decisivo para as contas finais do Campeonato do Mundo. Marc Márquez subiu ao pódio e, mais atrás, Miguel Oliveira já era 10.º.

Jorge Martín conseguiu segurar a liderança praticamente até ao fim, mas Enea Bastianini acabou por ultrapassar o espanhol numa das últimas curvas e carimbou o triunfo no Grande Prémio da Emilia-Romagna — e também a conquista do Mundial de Construtores por parte da Ducati, para além da 100.ª vitória da marca no MotoGP, quando ainda faltam seis corridas para o fim da temporada. Marc Márquez fechou o pódio, seguido de Marco Bezzecchi e Franco Morbidelli, e Miguel Oliveira melhorou o resultado de sábado ao ficar no 10.º lugar.