Os resultados finais preliminares das eleições regionais de Bradenburgo, na Alemanha, dão a vitória ao SPD. O partido do chanceler alemão, que é liderado por Dietmar Woidke naquela região, conseguiu 30,9% dos votos e uma subida de quase cinco pontos, em comparação com as últimas eleições. Apesar do resultado, Woidke — que conseguiu a eleição de 32 parlamentares — fica dependente de acordos partidários que permitam alcançar a maioria dos 88 lugares no parlamento regional.
O AfD, partido de extrema-direita, sai destas eleições reforçado, com 29,2% dos votos (mais 5,7 pontos). Numa noite em que a CDU (12,1%) e os Verdes (4,1%) perderam lugares (no caso dos Verdes, deixam mesmo de ter assento no parlamento regional), é o recém formado BSW que surge em destaque. O partido de extrema-esquerda estreia-se nas regionais de Bradenburgo com 13,5% dos votos — e, com os 14 parlamentares eleitos, apresenta-se como a solução para os inevitáveis cálculos políticos do SPD depois desta noite.
Mas nem tudo foram boas notícias para o SPD e, em particular, para Dietmar Woidke. O líder regional do partido de centro-esquerda — força que governa ininterruptamente a região desde a unificação, há 34 anos — ficou atrás do candidato da AfD, Steffen Kubitzki, no seu círculo eleitoral, como nota a imprensa alemã, ainda que por uma margem mínima de sete votos: 11.562 para Kubitzki contra os 11.555 votos de Woidke.
Olaf Scholz, desde Nova Iorque onde está para reuniões das Nações Unidas, revelou estar satisfeito com os resultados, dizendo que é “ótimo” que tenham vencido. Woidke reiterou a importância das eleições, declarando ser uma “vitória importante para ele, para o partido e para Brandenburgo”. No entanto, em declarações à Associated Press, o líder regional demonstrou preocupação pelos resultados obtidos pelo AfD, acrescentando que os 30% obtidos “foram demasiados”, e que estes votos à direita devem conduzir a uma “reflexão sobre as políticas e como as podem melhorar”.
As eleições deste domingo registaram a maior afluência de sempre na região, com quase 73% dos eleitores a deslocarem-se às urnas para votar.
Atualização às 7h30, com as declarações de Olaf Scholz e Dietmar Woidke