Modelos de marcas de luxo, da Ferrari à Lamborghini, passando pela Bentley e Rolls-Royce, entre outras, estão na mira de ladrões que apostam na qualidade em vez de quantidade, roubando veículos que são rapidamente colocados dentro de um contentor para serem exportados rumo aos Emiratos Árabes Unidos, Líbia, Turquia, Jordânia e Gana. E, segundo as autoridades norte-americanas, estes roubos constituem uma fonte de financiamento de organizações terroristas.

Os EUA não devem ser a única vítima deste tipo de roubo, que deve incluir todo o mundo ocidental, mas por lá as autoridades que controlam as fronteiras e os portos marítimos têm reforçado a fiscalização às saídas de contentores, o que lhes permitiu apreender, no ano passado, 72 veículos de luxo. Avaliados em cerca de 7 milhões de dólares, os modelos em causa foram encontrados já dentro de contentores e em vias de serem colocados a bordo de cargueiros para serem expedidos.

As autoridades controlam agora de forma mais apertada os movimentos portuários, o que inclui todos os portos do país. E cruzando as informações com os mercados de destino, os agentes, com a ajuda do FBI, reuniram provas que os valores resultantes da venda destes veículos roubados servem depois para financiar organizações terroristas.

A história destes roubos é contada pela Atlanta News First, cadeia televisiva que acompanhou a polícia num dos raides ao porto de Savannah, na Georgia, o terceiro maior dos EUA com um movimento anual de 4,2 milhões de contentores. Os veículos expedidos foram roubados nos mais variados locais, do parque de estacionamento do aeroporto de Atlanta a um Lamborghini retirado de um concessionário da marca italiana em Miami, a 800 km de distância de Savannah.

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