O presidente da IL criticou esta terça-feira o acordo de valorização salarial assinado pelo Governo, confederações empresariais e UGT, afirmando que foi “condicionado pela situação política” e que está “limitado pela visão limitada do Governo” sobre crescimento económico.

Em reação, na Assembleia da República, ao acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028, esta terça-feira assinado pelo Governo, as quatro confederações empresariais e a UGT, Rui Rocha criticou o executivo, referindo que este é um “acordo limitado pela visão limitada que o Governo da AD tem das questões do crescimento económico” e que os liberais seriam “muito mais entusiásticos” nessa matéria.

“Aquilo que está refletido neste acordo é aquilo que é possível, este acordo nunca seria o acordo que a Iniciativa Liberal proporia quer aos trabalhadores portugueses, quer às empresas portuguesas”, acrescentou.

Rui Rocha lamentou ainda o que diz ter sido o condicionamento, nas negociações, da “novela em que diversos partidos se envolveram” e que conduzem, disse, a um “atraso do país”.

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“Os responsáveis políticos que neste momento se envolvem na tal novela orçamental ficam já a seu débito com este atraso do país. Obviamente é o acordo possível, creio que não é o acordo que o país precisava”, atirou.

O Governo, as quatro confederações empresariais e a UGT assinaram esta terça-feira o novo acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028, ficando a GCTP de fora.

Do lado das confederações patronais, o acordo foi subscrito pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Confederação do Turismo Português (CTP) e Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Já do lado das centrais sindicais, foi assinado pela União Geral de Trabalhadores (UGT), enquanto a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN) optou por ficar de fora, tal como no anterior acordo assinado com o anterior executivo.

O novo acordo revê em alta a trajetória do salário mínimo nacional, prevendo aumentos de 50 euros anuais até 2028.

Para o próximo ano, o Governo propõe que a retribuição mínima garantida suba para 870 euros brutos, um aumento de 6,1% face aos atuais 820 euros e mais 15 euros face ao valor previsto no atual acordo de rendimentos (855 euros), subindo depois para 920 euros em 2026 (um aumento de 5,7%), para 970 euros em 2027 (uma subida de 5,4%) e para 1.020 euros em 2028 (+5,2%).