Três jovens suecos foram detidos esta quarta-feira no âmbito das investigações das duas explosões ocorridas horas antes perto da embaixada israelita em Copenhaga, que não provocaram vítimas, declarou a polícia da Dinamarca.

Os vestígios encontrados na zona indicam que foram lançadas duas granadas de mão, causando danos num edifício situado “a cerca de cem metros da embaixada”, explicou o inspetor da polícia Jens Jespersen, numa conferência de imprensa.

“Ainda é muito cedo para dizer com certeza se a embaixada foi ou não o alvo”, disse Jespersen, que também não quis especular se os detidos estavam ligados a gangues criminosos dinamarqueses.

As polícias da Dinamarca e da Suécia reforçaram a sua cooperação nos últimos meses devido ao facto de vários jovens suecos terem sido detidos em território dinamarquês, após terem sido recrutados por grupos criminosos deste país.

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Os jovens, entre 15 e 20 anos, foram detidos em duas operações da polícia dinamarquesa. Um deles foi detido poucos minutos depois das explosões e os outros dois foram intercetados pelas forças de segurança no início da tarde desta quarta-feira na estação central de Copenhaga, que obrigou à suspensão do tráfego ferroviário e do metro durante algum tempo.

Dois deles serão apresentados à justiça na quinta-feira, sob uma acusação provisória de posse ilegal de armas, explicou Jespersen.

As explosões ocorreram cerca das 3h20 locais (2h20 em Lisboa) desta quarta-feira e foram os agentes que vigiavam a embaixada de Israel que deram o alerta.

A polícia iniciou uma investigação e isolou a zona em redor da embaixada de Israel, no bairro de Hellerup, no norte da capital, numa zona onde outros países como a Roménia, a Tailândia, o Irão e a Turquia também têm sedes diplomáticas.

A polícia da Suécia confirmou esta quarta-feira que, na noite de terça-feira, foi disparado um tiro contra a representação diplomática israelita em Estocolmo.

“Foram feitas investigações e descobriu-se que a embaixada israelita foi atingida por um tiro. Nenhuma pessoa ficou ferida. Foi aberta uma investigação preliminar por crime grave com armas. Não foram feitas detenções”, disse a polícia sueca num comunicado.