Quem pensa que a Toyota é uma marca conservadora, que aposta sobretudo em soluções seguras e provadas, com pouca tendência para arriscar, não deve conhecer bem o trajecto deste fabricante japonês. Além de ter apostado como nenhum outro construtor automóvel nos motores electrificados híbridos, a Toyota foi quem mais investiu nos eléctricos alimentados por fuel cells a hidrogénio e, agora, continua a esforçar-se para ajudar os táxis aéreos a levantar voo. A marca nipónica deu novo impulso à Joby Aviation, injectando nesta empresa mais 500 milhões de dólares.
O negócio dos táxis aéreos começou a prometer há mais de uma década, como meio de deslocação de passageiros para as grandes cidades e dentro delas, evitando as perdas de tempo no trânsito. Para não prejudicarem o ambiente, estes táxis voadores têm de ser eléctricos — tecnologia que a Toyota domina — e serem capazes de realizar descolagens e aterragens verticais (VTOL, de Vertical Take-Off and Landing), de forma a poderem utilizar como pista o topo de qualquer prédio.
Não é a primeira vez que a Toyota revela interesse no eVTOL e especificamente na Joby Aviation, em que voltou a investir 500 milhões de dólares, o que eleva para 1000 milhões o total de fundos que a Toyota Motor Corporation colocou nesta pequena empresa criada em 2009. Este mais recente investimento do construtor japonês teve lugar numa fase em que a Joby necessitava de ajuda para conseguir superar a fase da certificação e arrancar com a produção em série do seu eVTOL.
O táxi aéreo com apoio da Toyota demonstrou o seu potencial num voo em Nova Iorque em Outubro de 2023, com um piloto a bordo, apesar de os voos de teste realizados na Califórnia terem sido operados sob controlo remoto. E a Joby está a desenvolver, tal como os seus rivais, um sistema de piloto automático que permita deslocar os clientes do ponto A para o B prescindindo do piloto a bordo.