O Governo dos Açores vai apoiar a tripolaridade da Universidade dos Açores (UAc) com 950 mil euros, com o objetivo de reforçar a oferta letiva e captar estudantes em todas as ilhas e do exterior, revelou esta sexta-feira o executivo.

“Desde a nossa tomada de posse, o XIII e o XIV governos [regionais], mais do que duplicamos os apoios à UAc, passando de 450 mil euros para 950 mil nesta altura. Este protocolo visa reforçar a oferta formativa e resulta de várias reuniões com a senhora reitora”, declarou o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).

Artur Lima falava à comunicação social, em Ponta Delgada, após a assinatura do contrato-programa de apoio à organização tripolar da UAC para este ano.

O número dois do Governo dos Açores salientou que o protocolo pretende “reforçar a oferta formativa”, “diversificar públicos”, aumentar a “resposta às necessidades da região” e expandir a “oferta formativa do ensino à distância” para “captar estudantes em todas as ilhas e de fora da região”.

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O XIII Governo dos Açores (também PSD/CDS-PP/PPM), que tomou posse em novembro de 2020, apoiou a academia em 500 e 650 mil euros em 2021 e 2022, assumindo o compromisso de aumentar anualmente o apoio em 150 mil euros até atingir os 950 mil euros no final da legislatura (que não chegou ao fim na sequência do chumbo do Orçamento da região para 2024).

Esta sexta-feira, quando questionado pelos apoios à UAc previstos para a legislatura, Artur Lima salientou que o financiamento vai ser definido “em progresso”.

É um acordo que será sempre feito em progresso. Vamos avaliando as necessidades da UAc e as necessidades de financiamento do governo que não são recursos inesgotáveis, não esquecendo que a universidade depende do Governo da República”, alertou.

O vice-presidente do Governo Regional lembrou os outros apoios do executivo à UAc, como o financiamento de 300 mil euros para a formação de doutorandos, o de 350 mil euros para os centros de investigação e o de 300 mil euros para a contratação de investigadores.

Artur Lima adiantou ainda que um dos objetivos do próximo protocolo com a UAc para 2025 passa por assegurar a possibilidade de “lecionar os cursos de formação de professores na Terceira”.

“Vamos precisar de 400 a 500 professores. São as necessidades previstas até 2030. A UAc tem um papel determinante na formação de professores”, vincou.

Já a reitora destacou o “esforço” da academia açoriana para contribuir para o “desenvolvimento da região”, dando nota da criação de um mestrado em Agricultura e Desenvolvimento rural no polo de Angra do Heroísmo e da existência de “mais de 40 docentes” com “formação específica para o ensino à distância”.

“A UAc está comprometida em alargar o espetro de alcance da população de todas as ilhas dos Açores procurando, através das metodologias do ensino à distância, garantir a disponibilização progressiva da sua oferta formativa”, reforçou.

A reitora adiantou também que a UAc está a “trabalhar” para abrir o seu primeiro curso em inglês, destinado à Oceanografia, que poderá ser a “primeira licenciatura” a funcionar no polo da Horta.

“Estamos a trabalhar junto da A3ES para acreditação do primeiro curso em inglês da UAc em Ocean Sciences [Oceanografia], com um modelo diferente, descentralizado, cujo objetivo é que funcione o primeiro ano em Ponta Delgada, maximizando as valências científicas nas áreas de base, e que depois possa prosseguir nos dois anos subsequentes na Horta”, acrescentou.

A instituição pública de ensino superior é composta por três polos, localizados nas ilhas de São Miguel (cidade de Ponta Delgada), Terceira (Angra do Heroísmo) e Faial (Horta).