Está feito. Está concretizado mais um objetivo. Pela terceira edição consecutiva e a 12.ª na história, Portugal vai estar representado no Campeonato da Europa de sub-21. A campanha de qualificação não perfeita, podia, naturalmente, ter sido melhor, mas o objetivo foi cumprido com distinção e chegou em forma de primeiro lugar. Ao longo dos nove jogos já realizados, só a Grécia (fora, 2-1) quebrou a série vitoriosa da equipa de Rui Jorge, que leva agora oito vitórias, 31 golos marcados e apenas cinco sofridos.
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Para esta dupla jornada de encerramento do Grupo G, Rui Jorge promoveu alterações na convocatória e chamou o estreante Christian Marques e Martim Neto para ocupar as vagas deixadas por Tomás Araújo — está na Seleção principal — e Gustavo Sá — lesionou-se. Faltava apenas um ponto para garantir a presença na fase final da competição, que decorrerá, em junho, na Eslováquia. A longa deslocação às Ilhas Faroé deixava antever a concretização desse objetivo. E assim foi. Apesar de Rui Jorge ter alertado para as dificuldades causadas pelos faroeses em Portugal (4-0) e para o difícil sintético, com menos cinco metros de comprimento em relação a grande parte dos campos portugueses. Tudo isto juntou-se à neve que começou a cair intensamente durante o jogo.
“O que eu gostaria de ver em campo é muito semelhante àquilo que se apresentou contra a Croácia. Acho que se mantivermos o nível, conseguiremos uma vitória. As Ilhas Faroé são, claramente, em termos individuais, uma equipa inferior à nossa. Cabe-nos demonstrar que assim é. É verdade que, como se fala, jogamos muitas vezes em 4x4x2 losango. No entanto, não sei se jogamos mais vezes em 4x4x2 ou em 4x3x3. É um bocadinho indiferente”, acrescentou o selecionador, que abordou ainda a presença de Geovany Quenda na equipa: “Podemos ajustar durante o jogo, pode haver alguma nuance dentro do 4x4x2 losango que permita ao Quenda utilizar mais o seu flanco. Portanto, pode acontecer”.
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Estava assim confirmada a titularidade de Quenda, que se estreou assim neste escalão. O jovem do Sporting atuou na meia-direita, atrás de Fábio Silva e Tiago Tomás, e ainda de Rodrigo Mora, que jogou como médio de ligação. Já Paulo Bernardo e Mateus Fernandes completaram no meio-campo. No setor mais defensivo, Tiago Santos e Rafael Rodrigues apareceram nas laterais, com Chico Lamba — também em estreia — e Gabriel Brás a comandarem a defesa, à frente do guarda-redes Samuel Soares. Contra todas as expectativas, a equipa da casa entrou mais perigosa e, logo aos três minutos, inaugurou o marcador, através de um grande golo de Bárdarson, que marcou num canto direto (3′).
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Portugal conseguiu reagir, mas encontrou umas Ilhas Faroé muito compactadas na defesa e a limitarem o espaço pelo meio. Na primeira tentativa de golo, Quenda tentou de fora da área, mas o remate acabou nas mãos de Petersen (9′). Pouco depois, Tiago Santos colocou a bola com precisão na cabeça de Fábio Silva, mas o avançado do Las Palmas não conseguiu visar a baliza (15′). Sem conseguir encontrar espaço dentro da área, a Seleção continuou a tentar de longe e, numa tentativa de Paulo Bernardo, o guarda-redes fez uma grande intervenção para canto (23′). Na sequência do lance, Mora atirou para um corte em cima da baliza e, na recarga, Silva acertou no poste (24′).
A equipa das quinas continuou a carregar em busca do golo do empate antes do intervalo, mas quase foi surpreendida pelas rápidas transições das Ilhas Faroé, valendo Samuel Soares a negar o golo a Sorensen (36′). Essa ocasião acabou por ter impacto na Seleção Nacional que, através de uma triangulação entre Quenda, Tiago Santos e Fábio Silva, chegou ao golo pelo avançado (38′). A fechar a primeira metade, o avançado voltou a aparecer em destaque, mas Petersen fez mais uma grande intervenção (45+2′).
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Ao intervalo, Rui Jorge lançou Henrique Araújo no lugar do amarelado Fábio Silva, mas a etapa complementar começou com menos intensidade e Portugal mais longe da baliza das Ilhas Faroé, o que motivou a novas alterações, com as entradas de Rodrigo Gomes e Pedro Santos para os lugares de Tiago Santos, por lesão, e Rodrigo Mora. Já com Carlos Forbs em campo, Quenda voltou a aparecer com perigo dentro da área, rematou forte e rasteiro, mas a bola voltou a beijar os ferros da baliza de Petersen (73′). O jogo coletivo continuou a não funcionar mas, na sequência de um canto cobrado por Mateus Fernandes, Gabriel Brás completou a reviravolta (87′). A fechar, Paulo Bernardo fez o 1-3 num grande lance individual e carimbou o apuramento (89′).