O ministro da Defesa Nacional realçou esta segunda-feira a importância de os jovens terem um primeiro contacto com a Defesa Nacional e as Forças Armadas, além da experiência do Dia da Defesa Nacional, que ocorre quando atingem a maioridade.
“O que não é para mim aceitável é que a maior parte dos jovens tenham o seu primeiro contacto com a realidade da Defesa e das Forças Armadas no Dia da Defesa Nacional, quando já são bem crescidos. O contacto da população com a realidade da Defesa e das Forças Armadas deve acontecer ao longo da vida“, defendeu o ministro.
Nuno Melo falava durante a cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação para a implementação do “Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz”, com os 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), a partir do ano letivo 2024/2025.
No seu discurso, o governante referiu que as Forças Armadas “são cruciais no serviço às populações em tempo de paz”, lembrando algumas das ações realizadas, como missões de busca e salvamento, combate ao tráfico de droga e de pessoas, e o transporte de órgãos vitais.
“As Forças Armadas são um ativo ao serviço das pessoas que os jovens têm de conhecer”, vincou.
A implementação do “Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz” possibilita que a população jovem, desde a educação pré-escolar ao ensino secundário, tenha um contacto com estes temas, essencialmente no espaço da escola, no contexto da educação para a cidadania.
Segundo dados do Instituto da Defesa Nacional, desde 2016, foram assinados por todo o país 167 protocolos (inclui os assinados esta segunda-feira), o que representa cerca de metade dos municípios portugueses, uma circunstância que o ministro atribui à falta de aposta nesta matéria dos sucessivos governos.
“Durante muitos anos a Defesa não foi uma prioridade do poder político. Mas agora é. Por isso, através de todos os mecanismos, também através da educação, queremos levar as Forças Armadas e as matérias relacionadas com a Defesa a um povo inteiro e também aos jovens. Este é um caminho que se faz andando”, disse o governante.
O documento base do “Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz” foi aprovado em 2014, tendo sido alvo de uma revisão em 2022, passando a incluir novos temas como a “Segurança e defesa no ciberespaço”.