Depois da Elite Cup, antes do início do Campeonato. FC Porto e Óquei Barcelos defrontavam-se este sábado na disputa da Supertaça António Livramento, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, e davam o pontapé de saída oficial na temporada daquele que pode ser considerado melhor hóquei em patins do mundo.

As duas equipas cruzaram-se há cerca de uma semana, com o FC Porto a derrotar o Óquei Barcelos nos quartos de final de uma Elite Cup que acabou por ser conquistada pelo Benfica, que venceu a Oliveirense na final, e voltam a defrontar-se daqui a quatro dias, na primeira jornada do Campeonato. Ou seja, o encontro deste domingo poderia servir como motivação, do lado dos dragões, ou vingança, do lado dos minhotos.

“As duas equipas já se conhecem bastante bem, tal como os dois treinadores. Os jogos com o Óquei de Barcelos são sempre especiais e difíceis, seja em casa deles, em nossa casa ou em campo neutro. Apesar de na semana passada termos ganho 6-1, isso não quer dizer nada para este jogo, agora é outra história, até porque talvez o 6-1 seja exagerado tendo em conta a qualidade das duas equipas. Preparámos o jogo anterior como sendo de ‘mata-mata’ e este acaba por ser igual. Queremos ganhar e estamos preparados para o que der e vier”, explicou Hélder Nunes, uma das referências do FC Porto, na antevisão da partida.

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“Vamos esperar com certeza uma equipa nossa completamente diferente. De forma geral, o FC Porto foi melhor do que nós. Naturalmente, como treinador, tenho de reconhecer que o FC Porto é uma equipa superior, mas não existe esta diferença de 6-1. Portanto, garanto que, no sábado, estaremos aqui com o objetivo de discutir a Supertaça. E espero estar aqui como treinador vencedor”, disse Rui Neto, ainda na semana passada, logo depois de perder com os dragões na Elite Cup.

Era neste contexto que, este sábado, as duas equipas voltavam a encontrar-se: de um lado, um FC Porto que era campeão nacional e que conquistou a última Taça de Portugal; do outro, um Óquei Barcelos que chegava à Supertaça por ter estado precisamente na final da Taça de Portugal que os dragões venceram. Ricardo Ares lançava Xavier Malián, Ezequiel Mena, Carlo di Benedetto, Gonçalo Alves e Hélder Nunes no cinco inicial, enquanto que Rui Neto colocava Conti Acevedo, Danilo Rampulla, Luís Querido, Vieirinha e Miguel Rocha.

Rampulla abriu o marcador para os minhotos (7′), ainda numa fase embrionária da partida, mas Di Benedetto demorou muito pouco a responder e a empatar (8′). Logo depois de um timeout pedido por Ricardo Ares, Rafa Costa marcou (13′) e garantiu a vantagem que o FC Porto levou para o intervalo.

Nos primeiros instantes da segunda parte, Miguel Rocha recuperou a igualdade (7′), com Pedro Silva e marcar o golo da vitória pouco depois (23′). No fim, o Óquei Barcelos já não deixou fugir a reviravolta e carimbou o triunfo contra o FC Porto (2-3), vingando-se da derrota na Elite Cup e conquistando a Supertaça António Livramento pela quinta vez e pela primeira desde 2004, sucedendo ao Benfica.