O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou esta quinta-feira a ONU como uma “bússola indispensável do mundo e a âncora da estabilidade em tempos de incerteza” e tempo de “reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

Numa declaração divulgada quando passam 79 anos sobre o dia da ratificação da maioria dos signatários da Carta das Nações Unidas, o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros indicou que a instituição “é a bússola indispensável do mundo e a âncora da estabilidade em tempos de incerteza”.

Defendendo que os princípios da “paz e Segurança, direitos humanos e desenvolvimento” incluídos na Carta da ONU “continuam a ser tão relevantes hoje como eram há quase oito décadas“, o responsável sublinhou a “responsabilidade coletiva de os defender e promover”.

“Este ano, prestamos uma homenagem especial a todo o pessoal dedicado das Nações Unidas, em especial aos que perderam a vida em serviço e aos que enfrentam ameaças em zonas de conflito” afirmou Borrell neste dia da ONU.

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No mesmo comunicado, foram lamentados os “ataques contra as agências da ONU e as forças de manutenção da paz”, com a UE a apoiar “plenamente o apelo do Secretário-Geral da ONU (António Guterres) à paz em todas as suas dimensões e os seus esforços para alcançar a paz mundial”.

Os 27 também apoiam “firmemente a missão da ONU de pôr termo à impunidade e garantir a responsabilização pelas violações do direito internacional e do direito humanitário internacional”, devendo ser aplicadas as decisões dos tribunais internacionais, lê-se.

Sobre o Pacto das Nações Unidas para o Futuro de setembro, o chefe da diplomacia referiu que traça o “caminho para um sistema internacional mais justo, inclusivo e eficaz”, sendo por isso altura para “reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de modo a refletir melhor o mundo de hoje”.

“Só através de uma ordem internacional eficaz e representativa, baseada em regras, poderemos aspirar à paz mundial e à prosperidade para todos”, argumentou.

“No Dia das Nações Unidas, a UE reafirma o seu empenhamento inabalável nas Nações Unidas e nos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas. A UE estará sempre ao lado das Nações Unidas e em sua defesa”, concluiu Borrell.