Depois de um início inconstante, que culminou na eliminação nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e na perda de quatro pontos no Campeonato turco, o Fenerbahçe melhorou. Nos últimos sete jogos, a equipa de José Mourinho venceu quatro e empatou com o Manchester United e o Twente na fase de liga da Liga Europa. A série cresceu no último fim de semana, em mais um jogo épico da equipa de Istambul, que esteve a perder em casa do Trabzonspor fruto do bis de Banza, que pertence ao Sp. Braga, mas chegou à vitória com um golo heróico de Ambrabat aos… 90+12 minutos.

Como o resultado e a marcha do marcador espelham, a partida não foi fácil e terminou com Mourinho, bem ao seu estilo, de joelhos no relvado a festejar efusivamente o triunfo. Contudo, specialone viria a recorrer aos jornalistas para voltar a contestar a equipa de arbitragem, que assinalou dois penáltis em oito minutos para a equipa da casa.

“Não queremos Atilla Karaoglan [VAR] nos nossos jogos outra vez. Estamos a lutar contra o sistema! Não vimos Atilla Karaoglan em campo. Havia um jovem árbitro, mas o árbitro na retaguarda era Karaoglan. Ele conseguiu tornar-se o homem mais importante da partida a partir de um homem invisível. Eu falo por todo o Fenerbahçe. Nós não o queremos. Não o queremos. Não queremos este árbitro. Não o queremos como VAR e como árbitro de campo”, partilhou, indignado, o português na flash-interview.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“O que para mim é o maior escândalo é ficar um penálti por marcar a nosso favor. Como disse antes, não acho que muitas pessoas no exterior vejam isto. Acho que em Londres só o meu filho assiste ao Campeonato turco. Mais ninguém. Eu vou publicar o penálti no meu Instagram, que acho que tem mais de cinco milhões de seguidores, para que no exterior saibam o que é a Liga turca. Só vi os jogos quando cheguei porque ninguém no estrangeiro quer ver o Campeonato turco. Quem quer ver o Campeonato turco no estrangeiro?”, acrescentou Mourinho, que não se ficou por aí nas críticas à Liga turca.

“Eles têm a Premier League, têm o Campeonato francês, têm o Campeonato alemão, têm a Liga portuguesa, a Liga neerlandesa. Por que deveriam ver isto? Eu antes não via e só comecei a ver quando me convidaram para vir para a Turquia. Fi-lo com a perspetiva de conhecer os meus futuros jogadores e a minha equipa. O meu foco não estava nos jogos, mas sim em tratar de conhecer a maioria deles. Mesmo antes disso conheci outros clubes importantes na Turquia, mas nunca pensei que era esta a dimensão. É muito cinzento, demasiado obscuro, cheira mal. Mas esse é o meu trabalho e darei tudo por ele e pelo clube”, concluiu o treinador do Fenerbahçe.