Morreu aos 91 anos Quincy Jones, um histórico produtor musical norte-americano que lançou álbuns icónicos como “Thriller”, de Michael Jackson e colaborou com Frank Sinatra e Ray Charles.

O produtor musical morreu no domingo à noite na sua casa, no bairro de Bel Air, em Los Angeles, rodeado pela família, indicou Arnold Robinson, assessor de comunicação de Quincy Jones.

“Esta noite, com o coração cheio, mas destroçado, temos de partilhar a notícia do falecimento do nosso pai e irmão Quincy Jones”, pode ler-se em comunicado emitido pela família. “Embora esta seja uma perda incrível para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outra como ele”, acrescenta o comunicado.

Jones foi um dos primeiros executivos negros a prosperar em Hollywood e a acumular um extraordinário catálogo musical que inclui alguns dos momentos mais ricos da música norte-americana.

Deixa um vasto legado, desde a produção do histórico álbum ‘Thriller’ de Michael Jackson à composição de bandas sonoras premiadas para cinema e televisão e à colaboração com Frank Sinatra, Ray Charles e centenas de outros artistas. Foi, também, Quincy Jones que juntou várias vedetas da pop e do rock para gravar o tema solidário “We are the world”.

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Quincy Jones nasceu em Chicago, em 1933, e era filho de um pai que trabalhava como carpinteiro e uma mãe que sofria de doença mental. Desde cedo desenvolveu o amor pela música. Começou por aprender a tocar piano e, mais tarde, a família acabou por se mudar para Seattle, no estado de Washington, e foi aí que Quincy começou a ter aulas com o famoso trompista Clark Terry.

Também foi nessa altura que conheceu um pianista então muito pouco conhecido chamado Ray Charles, de quem seria amigo toda a vida.

Começou por acompanhar bandas de jazz, desde quando tinha apenas 15 anos, e em 1961 foi contratado pela Mercury Records – três anos depois já tinha ascendido a vice-presidente, o primeiro vice-presidente de ascendência afro-americana a ocupar aquele cargo.

“It’s my party”, de Leslie Gore, foi um dos primeiros êxitos que produziu, em 1963, mas também trabalhou com Frank Sinatra e Peggy Lee naquela produtora discográfica. No início dos anos 80, porém, acabaria por sair e formar a sua própria produtora e foi nesses anos que trabalhou com Michael Jackson em “Thriller”.

Quincy Jones teve três casamentos e sete filhos com cinco mulheres diferentes. Foi casado com a namorada desde os tempos do liceu, Jeri Caldwell, entre 1957 e 1966. O casal teve uma filha, Jolie.

Logo depois desse primeiro divórcio, em 1967, casou com a modelo sueca Ulla Andersson, com quem teve dois filhos, Martina e Quincy Jones III. Mas o produtor também haveria de separar-se em 1974.

Não esperou muito, porém, para voltar a casar. Nesse mesmo ano de 1974, Jones casou-se com a atriz Peggy Lipton, união que se prolongou até 1990 e da qual nasceram duas filhas, as atrizes Rashida Jones e Kidada Jones.

Quincy Jones teve ainda uma filha, Rachel, com a bailarina Carol Reynolds, e uma filha – a modelo Kenya Kinski-Jones – com a atriz Nastassja Kinski.