O Inter Milão é, a partir desta quarta jornada, um dos quatro segundos classificados da fase de Liga da Campeões, a partir de Sporting, Mónaco e Brest. Na receção ao Arsenal, os italianos deram mais uma lição e, com apenas um remate efetuado — de penálti —, garantiram o triunfo com golo de Çalhanoglu (1-0). Em Belgrado, a tarefa do Barcelona foi bem mais acessível, com os blaugranas a golearam o Estrela Vermelha com Lewandowski a faturar pela 99.ª vez na prova milionária e Koundé a rubricar um hat-trick de assistências (2-5). Catalães seguem no top oito.

A terceira década do século XXI marcou o ressurgimento europeu de Inter e Arsenal. Com Simone Inzaghi e Mikel Arteta, respetivamente, no comando técnico das duas equipas, italianos e ingleses cresceram significativamente o seu projeto interno e essa evolução chegou ao panorama europeu, apesar de ainda não se ter traduzido em qualquer troféu. Olhando à temporada atual, imperava o equilíbrio entre nerazzurri e gunners, que chegaram a San Siro empatados a sete pontos e em posição de avançarem diretamente para os oitavos de final.

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O atual campeão italiano é conhecido pela sua forma de jogo cínica, caracterizada pelo futebol defensivo e transições rápidas em direção à baliza adversária, bem ao estilo tradicional das equipas transalpinas. No panorama inverso estão os ingleses que, depois da transformação de Arteta, caracterizam-se pelo futebol ofensivo.

Olhando aos onzes iniciais, o ex-FC Porto Taremi surgiu na frente de ataque ao lado de Lautaro Martínez, ao passo que Frattesi, Çalhanoglu e Zielinski integraram a zona intermediária. Mais atrás, Acerbi não foi opção para a defesa, com Inzaghi a recorrer a Bisseck. Nos ingleses, Odegaard sentou-se no banco de suplentes e Partey e Merino integraram o meio-campo devido à lesão de Declan Rice. O jogo começou a todo o gás e, com poucos segundos jogados, Dumfries já tinha acertado em cheio na trave da baliza de Raya, com um remate em trivela (2′).

Apesar do melhor início da formação italiana, o Arsenal respondeu bem e, na sequência de um cruzamento de Martinelli, Sommer saiu mal da baliza, Merino ganhou nas alturas, mas o cabeceamento saiu por cima (28′). Em cima do intervalo, Taremi desviou um livre dentro da área contra o braço do médio espanhol e István Kovács assinalou penálti. Na cobrança do castigo máximo, Çalhanoglu rematou para o meio da baliza e enganou Raya (45+3′). Os gunners tentaram responder na segunda parte, mas Sommer evidenciou-se (59′) e segurou a vitória.

Já na Sérvia, o Barcelona, adversário do Benfica nesta fase de liga, deslocou-se a casa do Estrela Vermelha e Hansi Flick lançou em campo a equipa que dá mais garantias e, como seria de esperar, os blaugranas entraram com tudo, e Iñigo Martínez inaugurou o marcador na sequência de um livre estudado (13′). Contudo, os sérvio reagiram de pronto e, numa jogada coletiva de grande nível, Krunic isolou Silas e o avançado não desperdiçou (27′). Até ao intervalo o marcador voltou a mexer, com Lewandowski a corresponder da melhor forma a um remate ao poste de Pedri (43′).

Na etapa complementar, o Barcelona resolveu a partida em apenas dois minutos, com o avançado polaco a bisar depois de um cruzamento de Koundé (53′) e Rapinha também a inscrever o seu nome na lista de marcadores depois de novo centro do francês (55′). Koundé viria mesmo a completar o hat-trick de assistências, desta feita com um passe atrasado para a finalização de Fermín (76′). Antes do apito final, o Estrela Vermelha ainda reduziu, através de um grande remate de Milson, que sobrevoou Peña (84′).