As autoridades detiveram 38 pessoas nas últimas 24 horas no âmbito da campanha “Portugal Sempre Seguro”, na qual se incluiu a operação que decorreu durante esta sexta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, divulgou a PSP. Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) referiu que levou a cabo nas últimas 24 horas várias operações policiais, que visam “o reforço da perceção de segurança no país”.
Em jeito de balanço, o Cometlis indica que na sequência destas operações, que decorreram no âmbito da campanha “Portugal Sempre Seguro” foram detidas 38 pessoas, a maioria pela existência de mandados de detenção (14). Foram ainda detidas pessoas por condução com excesso de álcool (cinco), por falta de habilitação legal (seis), tráfico de droga (duas), violência doméstica (uma) e por situação irregular em território nacional (uma).
Uma das operações realizadas pela PSP neste âmbito decorreu durante o dia na zona do Martim Moniz, durante a qual foram fiscalizados estabelecimentos comerciais e pessoas, visando aferir a permanência legal em território nacional. Na operação estiveram envolvidos, além da PSP, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e Segurança Social. Na sequência da operação foram também levantados 11 autos de notícia por contraordenação por infração na atividade comercial e três por infrações rodoviárias. Foram ainda fiscalizados perto de uma centena de cidadãos, “com vista à verificação da sua legalidade em território nacional”.
De manhã, no parlamento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, referiu que o Governo deu instruções às forças de segurança para reforçarem a fiscalização contra a imigração ilegal e tráfico de pessoas, sendo a operação decorreu no Martim Monizuma das várias que estão calendarizadas.
“Esta operação no Martim Moniz é apenas uma de várias. Temos várias calendarizadas, demos instruções às forças de segurança para continuarem a fazer este trabalho no terreno. Quando detetam situações de imigração ilegal, os abusadores e os traficantes devem ser penalizados criminalmente e quem está ilegal em território nacional deve ser sujeito a uma medida de afastamento”, referiu o governante, que foi hoje ouvido no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.
Leitão Amaro pediu aos deputados para que votem a proposta do Governo sobre controlo de fronteiras, que altera o regime de retorno e cria a Unidade Nacional de Estrangeiros Fronteiras na PSP, depois dos aperfeiçoamentos que os grupos parlamentares “entendam necessários”.