Mais uma semana, mais uma jornada em que o PSG tinha de esquecer internamente o que se estava a passar na Liga dos Campeões. Os franceses perderam com o Atl. Madrid na quarta-feira e ainda só ganharam um jogo europeu, sendo que também perderam com o Arsenal e empataram com o PSV. Resultado? Estão atualmente fora da zona de acesso ao playoff, em lugar de eliminação, um cenário que fica obviamente muito longe das ambições do clube.
Dentro de portas, porém, o contexto era mais favorável. O PSG visitava este sábado o Angers já depois de o Mónaco ganhar ao Estrasburgo e sabia que uma vitória permitia ficar com os mesmos seis pontos de vantagem na liderança da Ligue 1 — sendo que, pelo meio, o Marselha tinha perdido em casa com o Auxerre, o que podia abrir a porta a nove pontos de distância entre os dois grandes rivais.
“Foi difícil falar do jogo de quarta-feira no calor do momento, porque as emoções tendem a absorver-nos. Não podemos negar que temos um bloqueio na hora de finalizar e temos de conseguir superá-lo, com confiança e mentalidade coletiva. A nível pessoal, sinto-me muito bem e estou otimista. Estamos num projeto de médio-longo prazo, onde sabemos que teremos altos e baixos. Não temos falta de jogadores. Temos de aceitar esta situação delicada na Liga dos Campeões e sair de lá com as nossas qualidades”, explicou Luis Enrique na antevisão do jogo deste sábado.
Ora, neste contexto, o treinador espanhol parecia gerir o plantel e deixava Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e ainda Dembélé no banco de suplentes, apostando em Lucas Beraldo na esquerda da defesa, Mayulu no meio-campo e Marco Asensio e Kang-in Lee no ataque. Do outro lado, num Angers que está à beira da zona de despromoção, Alexandre Dujeux tinha Ibrahima Niane como principal referência ofensiva.
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O PSG dominou o encontro desde o apito inicial e abriu o marcador ainda dentro dos primeiros 20 minutos, com Kang-in Lee a rematar de primeira na área depois de um cruzamento de Zaïre-Emery na esquerda (17′) — num lance que ainda provocou alguma polémica, já que um jogador do Angers intercetou a bola em cima da linha e o árbitro não validou o golo de imediato. Lee bisou três minutos depois, num lance em tudo semelhante ao do primeiro golo, mas com Asensio a assistir (20′).
O expectável terceiro golo apareceu à passagem da meia-hora, com Bradley Barcola a aumentar a vantagem também com assistência de Asensio (31′), e o Angers ainda esboçou uma reação, aproximando-se com perigo da baliza de Donnarumma em diversas ocasiões. Nos descontos, porém, os parisienses chegaram mesmo à goleada com o segundo golo de Barcola, que cabeceou na área após cruzamento de Lee (45+2′).
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Luis Enrique mexeu logo ao intervalo e continuou a aparente gestão, trocando Barcola e Hakimi por Doué e Zague, e o jogo esteve interrompido por vários minutos no início da segunda parte devido a um protesto dos adeptos do Angers, que atiraram dezenas de bolas de ténis para a área de Donnarumma. A lógica, porém, mantinha-se: o PSG dominava com bola e geria com toda a tranquilidade um encontro que parecia estar totalmente decidido.
E estava, apesar de os parisienses terem demonstrado novamente uma enorme fragilidade defensiva, sofrendo dois golos já nos descontos através de um pontapé de Esteban Lepaul (90+1′) e um cabeceamento de Emmanuel Biumla (90+7′). João Neves entrou mesmo perto do fim e o PSG acabou por golear o Angers para manter os seis pontos de vantagem na liderança da Ligue 1 e regressar às vitórias depois da derrota com o Atl. Madrid na Liga dos Campeões.
C’est terminé. Nos Parisiens s’imposent à Angers ! ????????#SCOPSG (2-4) | #Ligue1 pic.twitter.com/MAfH01oN3T
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