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Duas explosões com um intervalo de 20 segundos abalaram, esta quarta-feira, a Praça dos Três Poderes, em Brasília, na capital brasileira. Segundo relata a imprensa brasileira, há registo de um morto e explodiu um carro, sendo que as autoridades brasileiras apontam para a possibilidade de um “ataque”. Dentro da bagageira do carro que explodiu, havia tijolos e aquilo que parecia fogo de artificio.

A vítima mortal é Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, que também terá perpetrado o ataque, segundo avança a CNN Brasil. O homem de 59 anos, que é natural do Rio do Sul, no estado de Santa Catarina, disputou as eleições para vereador em Santa Catarina em 2020 pelo Partido Liberal (o mesmo do ex-Presidente Jair Bolsonaro), mas acabou por não ser eleito. Nas redes sociais, revelou todo o plano.

Uma das explosões desta quarta-feira ocorreu em frente do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi evacuado. A instituição jurídica confirmou, segundo o G1 que cita um comunicado do STF, que, no final da sessão, ouviram-se “dois fortes estrondos”. Quem estava dentro do edifício “foi retirado do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela”.

A polícia e os bombeiros foram imediatamente para o local. Além disso, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo, sendo que o exército pode agora ser mobilizado para as operações. Foi também montado um perímetro de segurança em redor da Praça dos Três Poderes, que concentra as sedes dos órgãos políticos e jurídicos brasileiros. Os deputados e funcionários do Congresso foram instruídos a não abandonarem o edifício até estarem garantidas todas as condições de segurança.

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De acordo com o GSI, Lula da Silva, o Presidente do Brasil, não estava em nenhum edifício. A deputada do PSOL, Erika Hliton, estava a falar com os jornalistas no Palácio do Planalto, também na Praça dos Três Poderes, no momento em que se ouvem as explosões.

O líder da Advocacia-Geral da União, um órgão estatal que regula as instituições jurídicas no Brasil, repudiou com “toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados”. No X, Jorge Messias escreveu que a polícia investigará “com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos Três Poderes”.

Jorge Messias avança que se trata de um “ataque”, apelando a que se entenda a sua “motivação”, assim como se deve “reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”.

Já a Polícia Federal, segundo a G1, abriu um inquérito e está a tentar investigar o que motivou as duas explosões. O responsável pela investigação será Alexandre de Moraes, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e atual membro do STF. O Presidente brasileiro está a ser constantemente informado do sucedido e está acompanhado por Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, outro membro do Supremo, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.