Morreu aos 91 anos Celeste Caeiro, a mulher que a 25 de Abril de 1974 decidiu distribuir cravos pelos militares, fazendo deste o símbolo da liberdade. A notícia foi avançada pela neta numa publicação na rede social X.
“Para sempre a minha Avó Celeste! Olha por mim”, escreveu Carolina Fontel, numa fotografia tirada este ano, na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade.
Para sempre a minha Avó Celeste ❤️
Olha por mim ???? pic.twitter.com/koT9m6aSBQ— Carol ???? (@carolinacfontel) November 15, 2024
No dia 25 de abril de 1974, Celeste, então com 40 anos, estava a trabalhar num restaurante que, naquele mesmo dia, celebrava um ano de aniversário. Pela ocasião, o patrão tinha comprado cravos para oferecer aos clientes sem saber que nesse dia não ia haver trabalho para ninguém. Com os cravos guardados do armazém, pediu aos funcionários que os levassem para casa para que não se estragassem. Celeste pegou por isso nos cravos vermelhos e brancos, saiu à rua e começou a oferecê-los aos militares, naquela manhã na rua do Carmo, que os colocaram no cano da espingarda.
Este ano, pelos 50 anos do 25 de Abril, Celeste Caeiro foi mencionada na sessão solene na Assembleia da República, com o porta-voz do Livre, Rui Tavares, a sugerir que a mulher dos cravos fosse homenageada com uma estátua.