Deveria ser o dia 1 também de João Pereira em conferências, acabou por ser o dia 1 da equipa técnica de João Pereira em conferências. Por não ter ainda o certificado de nível III, o técnico principal adiou essa presença para a antecâmara do encontro em Alvalade frente ao Santa Clara para a Primeira Liga e foi Tiago Teixeira, técnico adjunto que transitou também da equipa B verde e branca, a abordar a partida desta sexta-feira com o Amarante a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Com a mesma sweat branca tantas vezes utilizada por Rúben Amorim nos últimos meses, o treinador entrou na sala de imprensa da Academia com a pontualidade britânica do ponteiro que ainda não batia nas 12h para o início de um novo ciclo nos leões.

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“Estamos muito entusiasmados e motivados porque o primeiro jogo vai ser em Alvalade. Estamos preparados para este desafio. Em relação ao Amarante é uma equipa da Liga 3 mas num contexto de Taça, onde estas equipas tentam superar-se. Vamos encontrar um Amarante semelhante ao que tem sido na Liga 3. Querem deixar uma boa imagem e não vão fugir muito ao que têm sido. Estão em segundo lugar, na Taça de Portugal têm o melhor ataque e o melhor marcador. Analisámos bem esta equipa, que tem jogadores rápidos na frente, dinâmicas vincadas, pode jogar em dois sistemas ofensivos, defensivamente também têm dinâmicas… Para este jogo vão querer apresentar coisas novas mas estamos preparados”, apontou Tiago Teixeira no início de uma conferência que durou cerca de 15 minutos entre os vários temas abordados.

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“Não há jogos fáceis. A nossa preparação com o Amarante será a mesma para o próximo jogo, seja com o Arsenal, o Santa Clara ou outro. Respeitamos todos os adversários e o objetivo é sempre o mesmo. Em relação ao onze para este jogo tem muito a ver com o que aconteceu esta semana, tivemos sete ou oito jogadores do plantel principal disponíveis e temos de fazer uma gestão. Mesmo quem não jogou, teve viagens desgastantes, muito longas, tudo pesa nas escolhas. A partir de sábado pensaremos no próximo jogo. Onze? Será em função do que aconteceu nestas semanas. Os que estiveram mais tempo connosco, há outros que fizeram os 90 minutos nos dois encontros da seleção… Vai ser uma gestão cautelosa porque queremos ter todos os jogadores disponíveis em todos os jogos”, apontou, olhando não só para o jogo da Taça de Portugal mas também para o ciclo que se segue entre estreia na Liga dos Campeões e no Campeonato em Alvalade.

Fazer diferente? É uma situação impossível de copiar, as pessoas são diferentes. É um exercício a fazer no final do jogo. Claro que seria um erro tentar alterar tudo, temos ideias semelhantes à anterior equipa técnica, mas pouco a pouco verão algumas diferenças”, salientou o adjunto.

De forma incontornável, Geovany Quenda foi outro dos temas abordados depois de ter visto gorada essa possibilidade de fazer a estreia pela Seleção A e bater o recorde de Paulo Futre como internacional mais novo de sempre. “Ele é um jogador especial, é rara a seleção que tem jogadores de 17 anos e para nós isso é motivo de orgulho. A única vez que falei com ele foi no treino de ontem [quarta-feira], para saber se está tudo bem. Estando tudo bem, tem um compromisso total com o Sporting. Na seleção podem jogar ou não, têm de estar preparados para isso. Se não jogou agora, vai certamente jogar no futuro. É um jogador jovem, é natural que fique frustrado por não ter os primeiros minutos. Os que ficam no banco em todos os jogos também ficam, é normal. Em relação a nós, no futebol não existem timings perfeitos”, comentou.

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“Se muda alguma coisa em relação à Seleção? O que nós esperamos é que os jogadores continuem a ser convocados, tanto na seleção principal como na formação. Depois, são opções do selecionador, não nos cabe a nós dizer se é bem ou mal. E os jogadores têm de estar preparados para não jogar”, acrescentou.

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Por fim, passando ao lado da questão de uma possível saída de Viktor Gyökeres ainda no mercado de janeiro (“Estamos preparados para recebê-lo, está contente pela época que está a fazer e o que queremos é contar com ele o máximo tempo possível”, referiu de forma lacónica), Tiago Teixeira rematou a conferência com o castigo de oito jogos aplicado a Nuno Santos na sequência dos ferimentos de dois adeptos na Supertaça. “Falei com ele no primeiro dia mas sobre a lesão. É isso que nos preocupa, que recupere bem e o mais rápido possível. Em relação ao castigo, é um assunto para o departamento jurídico. Se o castigo se ajusta? Não tenho opinião sobre isso, o preocupante é mesmo a lesão grave que teve”, concluiu.

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