José Nunes foi o vencedor do concurso público lançado em julho para a escolha do novo diretor artístico do Constantino Nery, substituindo no cargo o encenador Jorge Louraço Figueira que tinha sido contratado pelo período de sete meses.

O júri do concurso público, cujo resultado foi conhecido esta quinta-feira, foi composto por Luís Fernandes (diretor artístico do Theatro Circo), Jorge Alexandre Costa (professor da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto) e Clarisse Castro (diretora do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos).

“Nascido em 1983, José Nunes traz consigo uma vasta experiência no universo do teatro, acumulando uma trajetória marcada por vinte anos de atividade artística”, indicou a Câmara Municipal de Matosinhos, em comunicado.

Licenciado em Teatro pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e pós-graduado em Programação e Gestão Cultural pela Universidade Lusófona, José Nunes é, até à data, codiretor artístico e diretor executivo da companhia de teatro Estrutura, fundada em 2009, com a artista Cátia Pinheiro.

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“Ao longo da sua carreira, tem desenvolvido uma produção diversificada de criações teatrais que têm sido apresentadas em vários espaços culturais de referência em Portugal, incluindo o Teatro Nacional São João, o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Municipal do Porto, o Centro Cultural de Belém ou Teatro São Luiz”, refere a autarquia.

Acrescenta que José Nunes “entrará em funções como diretor artístico do Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery ainda em novembro de 2024, onde dará continuidade ao trabalho de valorização e dinamização da programação artística do espaço, explorando novas abordagens e perspetivas criativas”.

Sobre este novo desafio, José Nunes afirma, no mesmo comunicado, ter “uma relação umbilical com o concelho de Matosinhos”, onde cresceu e onde vive grande parte da sua família.

“Dirigir este projeto é um enorme privilégio que abraço com muita vontade, entusiasmo e determinação”, sublinha o encenador.

Em declarações recentes à Lusa, o ex-diretor artístico do Teatro Municipal Constantino Nery Jorge Louraço Figueira revelou que se manteve em funções por sua iniciativa um ano após o fim de contrato, devido aos compromissos assumidos.

Numa carta enviada no início do mês a vários colaboradores, entidades e agentes ligados à cultura, na qual deixava várias críticas à autarquia, Jorge Louraço Figueira referiu que o seu trabalho no Constantino Nery terminou, no início de outubro, com a última apresentação do espetáculo “Titãs”, ainda que tenha “uma mão cheia” de atividades programadas por si que terão lugar, mas sem o seu envolvimento direto.